terça-feira, 21 de setembro de 2010

Loucura

Um dia desses tive aquela leve consciência de não ser tão normal!
Quero fugir. Escapar do diário, regrado e constante movimento... Que é estático, definido por razões que desconhecem emoções.
Desejo tocar a textura de cada linha torta que escrevo em papéis enrugados, perdidos na minha bolsa, logo amassados, esculpidos da minha alma e jogados ao destino. No qual as palavras gritam - ali intermitentes - escritas por mim, usadas contra mim.
Deixo de lado a receita dada por aquele médico. Ele desconhece os motivos da minha angústia.
Desculpa, mas não quero ser curada, não quero ser tratada!
Que minha insanidade não seja perdoada... Que seja propagada!
Vem, vem comigo...
Abraços silenciosos em dias caóticos;
Olhares puros em noites de agonia;
Te amos em meio de tempestades;
Perdões divinos para meros mortais;
Amor incondicional em tempos de loucura.

Política

Participei de um debate político outro dia. Conheci pessoas que vivem de promessas e trabalham diariamente para quebrá-las. Alfinetadas indiscretas, vozes alteradas, defesas decoradas. Almejamos uma vida melhor através de pessoas piores. Falsas ideologias e mais escândalos públicos. Educação, saúde ou segurança entram na lei utopia.
Por isso, depois de meia hora de blablablas, meu pensamento fugiu e foi para a minha política de vida. A gente sempre anseia por melhorias, né? Então fiquei a sonhar com elas.
Tenho minhas leis. Um estatuto que permite conversas bobas. E aquele artigo que diz claramente que devo rir pelo menos sete vezes ao dia. É proibido franzir a testa.
Meu voto secreto vai pra mim. Prometo continuar com as presepadas e pagações de mico à torto e à direita. Não vai dar pra formar um caixa dois não (hehe), mas terei sempre crédito! Espero fazer o que é certo. Só às vezes (já comecei mentindo) me permitir fazer coisas erradas! Mas fato é: nada será feito pela obrigação, vocês me conhecem. Será feito por impulso e romantismo!