sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

É alma inquieta...

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Só uma mulher sabe...

... que certeza quer dizer quase certeza
... que só um minutinho quer dizer deita e espera
... que ver as amigas é terapia
... fingir naturalidade em consultas e exames ginecológicos
... ser mãe solteira ou mãe do marido
... lavar a calcinha no chuveiro
... suportar a dor de uma depilação completa
... suportar a dor
... dizer não, para ele ter que insistir
... não contar o porque de estar brava, mas ficar com cara feira por horas
... que chocolate não engorda na TPM
... comprar presentes bons
... andar de saltos altos na calçada esburacada e no estacionamento de pedrinhas
... desfiar a meia calça logo na entrada da festa
... sorrir em meio a uma terrível cólica
... segurar o choro por estar maquiada
... que balanças de farmácia estão sempre erradas
... que três quilos a mais é demais
... por que uma ligação entre duas mulheres nunca dura pouco
... a importância de um bom condicionador
... o poder de uma minissaia
... entender outra mulher
À pedido de um grande amigo, dou início à Cartilha!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Adorei essa frase!

"Tem nós e lacinhos nessa vida que não atam nem desatam..."

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Do piléque ao auto-conhecimento

Enlouqueci. Pirei na batatinha grandão. Meu emocional ainda está abalado? Não consigo acreditar em algumas coisas que ainda voltam à minha mente e saem pela minha boca. Sexta-feira foi só beber. Não, não foi. Foi o álcool batido com a saudade que estava de me sentir em casa, a falta de limites pra tudo e gelo. Deu no que deu. Na sexta, chororô por horas, vontade de sumir, broncas de seguranças, atenção e colo dos amigos - tadinhos! No final de semana, dor de cabeça e peso na consciência. Hoje, arrependimento. Mas o que é se sentir em casa pra mim? Me perdi no significado disso. Não sei reponder, e pior, não sei sentir. O que faço pra tirar de mim a dor de tudo o que já passou? Como tiro da mente e do coração o passado dolorido e a auto-piedade que insite em aparecer nessas horas? E o celular, hein? Que arma! Liguei tanto, me lamentei tanto... Fiz declarações de amizade, de amor... E por que tudo isso? Eu tinha motivos? Não. Ou tinha. Tinha, mas são motivos que não deveriam mais estar presentes. E que culpa têm as outras pessoas? Fui cruel, rude, chata... Insuportável. Tô com vergonha. De todos e de mim mesma. Como me enganei... Como achei por instantes que estava seguindo em frente e que tudo estava bem? Me achei forte... Agora percebo que minha força dura o espaço entre um suspiro e outro. Entre um arrepio e outro. Entre um piléque e outro. Entre o controle e a entrega emocional. Mas não tem problema não. Nunca caí, não vai ser agora. Foi apenas um mal estado de espírito. Passou. Prometo ser mais grata ao que tenho e esquecer o que não tenho, o que perdi, o que já se foi. Não sou uma má pessoa, uma má namorada, má amiga. E nem quero me transformar numa má companhia. Fugindo das linhas poéticas e das meias palavras:
Dé, te amo, meu amor... Me desculpe. Sou criança traumatizada.
Amigos (vocês sabem à quem me refiro)... Obrigada de novo.
Mãe... você é meu cantinho.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Leiê leiê... le le le le leiê

Hoje almocei numa cantina italiana próximo ao tabalho e tinha uma garçonete muito parecida comigo... de fisionomia mesmo! É difícil eu concordar que pareço com alguém, mas essa parecia. E então passei o almoço pensando na quantia de coisas q já fiz nesses vinte e poucos anos. A relação com a garçonete? Ah, claro... É pq lembrei que já servi em buffets de casamento com minha amiga Dani Campos.
Além disso, já fui uma espécie de cheerleader do Ginásio Poliesportivo de São Bernardo. Época incrível! Novinha de tudo, sem contas pra pagar... Por falar em pagar, pagando de gatinha com a Dani Castro... De lá pra cá com jogadores famosos e de corpos esculturais.
Depois 'encasquetei' (adoro o verbo encasquetar!) que queria dar aulas de inglês - porque tinha feito um intensivão de meio de ano mara na Masterpiece e estava tinindo! - e fui à busca do emprego. Eu devia ter uns 15 anos só.
Quem procura... Acha, né?! Ganhava o salário mínimo da época - que era o absurdo de R$180,00 - dava aulas de inglês para crianças de 4 a 8 anos (acredita?) de terças e quintas e nos outros dias era auxiliar de sala. Época boa também. Me descobri ótima com crianças e média como artista... Pintei desenhos infantis em todas as paredes da escola!
Depois fui me aprofundando em ser teacher mesmo. E assim paguei muitas das contas - que com o tempo foram aparecendo e se intensificam até hoje.
De "Sonho Encantado" (adorava o nome da escola! Breguíssimo!) para Microcamp. Com 17 anos era teacher de adultos... Pouco respeitada no início - claro, com essa cara de Chiquitita que Deus me deu ao me tirar da fila do ar de seriedade - mas aos poucos cheguei até o podium de melhor professora do mês... Três vezes seguidas! Uhulll! Ganhava presentes, surpresas de aniversário... Lecionava em turmas de 18 a 24 pessoas. Muita bagunça era aquele método holístico! E por quantas vezes assisti treinamentos da Nair Fobe - que, não poderia me esquecer - era professora da Sandy (É. 'Do Sandy & Jr'!!!!) na PUC!
De lá, fui pra Link School, pertinho de casa. Este emprego não durou muito porque um professor canadense me assediou. Sério!
Depois entrei na Line. Lá tive alunos ótimos, que inclusive continuaram como meus alunos particulares depois que pedi demissão porque o dono era caloteiro!
Depois de um belo tempo sendo private teacher, passei a tradutora de um site de vendas de terras rurais. Bom também! Comissão de uns por cento lá em cada venda e tudo! Mas veja só... Nunca consegui vender nada! Ganhava pouco, mas foi lá que tive a melhor chefe da minha vida.
Depois Yázigi, depois Record. Na verdade, intercalava nessa época a faculdade de jornalismo com o estágio de rádio-escuta na Record e as aulas na Yázigi. Mas, antes da faculdade de jornalismo, fiz outras coisinhas...
Meu pai teimava em me avisar que jornalista ganha pouco e não tem mercado. Era verdade! Ouvi ele por um instante e prestei vestibular para Comércio Exterior. Passei em segundo lugar geral da Universidade, acreditam? Meu tio/padrinho até fez uma faixa em minha homenagem! Mas os méritos pararam por aí. Não adianta... Sou muito loira para cálculos! Não consegui. Depois de um ano, tranquei o curso.
E comecei o de comissária de bordo! Alguém pode me explicar da onde eu tirei essa idéia? Claro que não segui. Nada a ver comigo. Já vivo demais nas nuvens!
Sem mais loucuras na caixola, entrei em jornalismo.
Ah! E entre uma coisa e outra, também fui caixa da loja Esportiva no shopping Metrópole num final de ano. Pensa numa coisa que eu nunca mais farei! Definitivamente, é isso! Era vendedor de cá , de lá, de baixo, de cima, surgindo por todos os cantos da loja com frases ditas todas ao mesmo tempo e simples assim: "Vai, Fá.. cartão em três vezes, valor de R$219,90", "Fáááá... Cheque em dez, R$554,99!". Pelamorrrr! Quase pirei. E pra piorar, acreditem, eu trabalhei nessa loja bem no ano em que um infeliz fez o favor de inventar o shopping aberto 24 horas perto do Natal.
Também entre um breguenáitis e outro, fui assessora de imprensa, onde tive a pior chefe da minha vida... Terminei minha jornada naquela empresa com a frase: "Enfia esse crachá, essa chave e a maldita pró-atividade no meio do seu píííí"!
Assessorei também por um tempo o cantor Russo. Se perguntaram 'quem?'?? Pois é.. Não fiz um trabalho tão bom assim. Mas ele chegou ao sofá do Jô!
Também fui redatora de uma newsletter eletrônica (que ninguém lia) e de um encarte da Igreja Metodista.
Hoje sou pauteira (tudo bem... Esse nome assusta! Explico: Não tem nada a ver com pau e sim com pauta, ok?!) do Câmera Record. Mas não páro por aqui.
E por falar nisso, vou voltar ao trabalho agora porque eu já enrolei demais!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Mais uma pérola!


- Você viu que o Ted Kennedy desmaiou no almoço?
- Desmaiou porque ficou muito tempo sem comer?
- Não... Porque ele tem um tumor no cérebro.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Para! Jiboia não tem pelo... e nem acento mais!

Com 2009 veio a Reforma Ortográfica. O objetivo é aproximar as culturas dos oito países que usam a língua portuguesa.
Então... Lingüiça agora é linguiça. Tranqüilo agora é tranquilo. Legal... Ninguém nunca usou trema mesmo!
Auto-retrato agora é autorretrato. Isso é estraínho!
Vocês não lêem mais. Agora vocês leem. E pegam o voo. E não o vôo. Estranháço!
Pra se ter uma idéia, idéia não tem mais acento! Como assiiiimmm???
Uma coisa boa é a regra da grafia dupla. Não precisamos mais nos preocupar com Roraima. Porque pode ser Roráima, Rorâima... Tudo vale! Virou Brasil, né?!
Só uma pequena constatação: eu simplesmente não sei mais escrever na minha língua!
O Washington Silva, o Wesley e a Wanusa que devem estar contentes... o W agora faz parte do alfabeto! Aeeeeeeeee! Assim como o Y e o K.
Já que a Xuxa insiste em não se aposentar, é este o momento de atualizar o Abecedário, hein!
Segue a minha sugestão:

A de Amor
B de Baixinho
C de Coração
D de Docinho
E de Escola
F de Feijão
G de Gente
H de Humano
I de Igualdade
J Juventude
K de Klélia
L Liberdade
M Molecagem
N Natureza
O Obrigado
P Proteção!
Q de Quero-Quero
R de Riacho
S de Saudade
T de Terra
U de Universo
V de Vitória!
W de www. youtube.com
X o que que é?É Xuxa!
Y de yellow
Z é zum zum zum zum zum
Vamos Cantar
Vamos Brincar
Alegria pra valer!
O abecedário da Xuxa
Vamos Aprender!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Haja!

Você já se perguntou quem inventou a burocracia? Vou contar... Não espalha... FOI O REI DOS FILADAMÃES! Aquele mor! Um ser muito capacitado para fazer das pessoas um bando de infelizes condenados a assinar papéis e resolver coisas insuportavelmente chatas para o resto da vida! Ontem parei para pensar no que preciso 'dar um jeito' em 2009. Cheguei à lista:
- fechar conta do Bradesco... De São Caetano do Suuuuullll! Agora moro a tipo 40 quilômetros dessa agência! E essa conta precisa ser fechada urgente, porque eu a abri quando fui contratada por uma assessoria de imprensa de lá... Há quatro anoooosssss! Imagina o quanto de taxas esses filadamães tipo B já me cobraram, né?!
- levar diploma na Delegacia Regional do Trabalho. O problema é que ela não é regional pra mim, que não conheço região nenhuma de São Paulo direito. Ah! E só tem gente educada lá no atendimento. E quase nem demora também pra ser atendido (sim, estou ironizando).
E o pior de todos, o mais sem sentido:
- mudar meu endereço no Detran. Sabe pra quê? Pra eu receber as multas que tomar na minha casa novaaaaaaa! E sabe como faço isso? Fácil: junto um zilhão de documentos e levo na Central de Licenciamento (onde????). E dentre estes 'one zillion documents' está o famoso comprovante de residência - conta de água, luz ou telefone - de no máximo três meses. Agora a dificuldade: eu moro de aluguel, ou seja, a maioria das contas estão em nome do proprietário do apartamentoooooooooo! As que não estão, estão no nome do meu namorado, que mora comigo. Legalllllll, hein! Qual seria mesmo o meu objetivo ao mentir meu endereço para o Detran? Fazer outra Fabíola receber minhas multas?
Adivinha? Me estressei. Xinguei, falei palavrão, briguei com o meu namorado e fui dormir pra esquecer que sou gente grande. Se eu resolver um dos ítens dessa lista ainda esse ano, é muito!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Últimas pérolas da redação

"Eu não gostaria de acordar ao lado da cobra"
(Personagem do programa 'Animais Heróis')

"Agora é só esperar alguém morrer..."
(Marinheiro ao telefone)

- É Mateus! M-A-T-E-U-S!
- Não! Mateus... Da Bíblia!
- Não... Deus não! Mateus!
(Munin ao telefone)

Frankenstein


Hoje iniciei um e-mail assim:

"Eu trabalho na produção de reportagens da editoria de viagens do programa Câmera Record. O Câmera Record é um jornal documentário semanal temático com uma hora de duração, e vai ao ar às sextas-feiras no horário nobre (23:15 - horário de Brasília). Em 2008 foi o programa jornalístico de maior audiência da TV Record, tendo alcançado a liderança por diversas vezes e batido recordes. Além disso, é um programa transmitido na TV Record (canal 7), na Record News e na Record Internacional, sendo assistido em 125 países.

Para 2009, temos muitos projetos de viagens. E nosso diferencial nessa editoria é a humanização da matéria. À nós não vale apenas mostrarmos belezas naturais de fauna e flora da região, gostamos de mostrar também o povo brasileiro... inusitado, engraçado, com histórias pra contar. Dessa forma, mostramos com fidelidade o nosso país. E por isso, alcançamos cada dia mais e mais telespectadores."

Meu Deeeeeeeuuuussss!!! Meu editor-chefe criou um monstro!


Feliz 2009! Feliz IPVA e IPTU!
Grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Sim à breguice


Ficção: amor pra vida toda.
Vida real: se durar dez anos, parabéns! Bateu o recorde mundial!

Ficção: romantismo, flores, boas surpresas.
Vida real: contas, pés no sofá, falta de tempo e de atenção.

Ficção: carinho.
Vida real: indiferença.

Ficção: necessidade.
Vida real: auto-suficiência.

Ficção: “te daria a minha vida”.
Vida real: egoísmo.

O amor já foi libertário. Já foi filosófico. Já foi amor. Há tempos e até hoje, deixou de ser profundo. É superficial, bóia, é quase um objeto extinto... Pelo menos aquele de graça. Porque o consumível perdura. O tempo acelerou o amor. O dinheiro contabilizou o amor. Temos medo de nos perder no amor e não render no trabalho. Ai, como queria à antiga moda!

O amor é brega e andamos todos muito simplistas. Mas pra quê fugir dos roteiros das comédias românticas? Ainda quero um lugar como Nothing Hill, um amor como o da Bela e a Fera e um final feliz...

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Diga com quem trabalhas...

Eu e o Jorge escrevemos este texto há um tempo. Precisamos escrever um novo!

UM AVIÃO COM TODA A EQUIPE DO REPÓRTER RECORD / CÂMERA RECORD CAI NUMA ILHA DESERTA. TODOS SOBREVIVEM. IMEDIATAMENTE, APÓS AVALIAR RAPIDAMENTE OS ESTRAGOS, RAFAEL GOMIDE SENTENCIA: “NÃO FOI NADA, ESTÃO TODOS BEM, COMECEM A TRABALHAR”.

Rafa: Produção,consiga um polvo de 16 tentáculos.
Produção: Mas o polvo só tem oito tentáculos.
Rafa: Se vira, sei que com jeitinho vocês conseguem. Avisem a ele que nós somos praticamente líderes de audiência. É de interesse do polvo gravar com a gente.
Rafa: Mamá, vai atrás da água de coco...
Mamá: Puta que o pariu! Eu tenho 40 anos de profissão... Então você acha que eu tô aqui pra carregar coco?? Vão todos tomar no cu!!! É só no meu cuzão, caralho! Oh Fabíola, pega o coco logo caralho...
Rafa: Fabíola, consiga dez camarões, 20 lagostas, três baleias e 20 sardinhas, mande a Amanda assar tudo na fogueira que a Maria vai preparar com a ajuda do Julio... Rodrigo, vá atrás dos esconderijos secretos das tartarugas...
Rodrigo: "Esconderijos secretos das tartarugas"?? Ai, meu Deus! Quando eu vou usar a porra da microcâmera?
Alfredo (bocejando para Fabíola / após ter captado com sua antena parabólica a conversa de todos e visto que a estagiária iria buscar coco para a Mamá): Pitoca, traz uma água de coco pra mim....
Fabíola: Alfredito, aqui eu posso te mandar tomar no cu...
Alfredo: Você não me ajuda, Pitoca...
Amanda: Nem por dois caralhos eu vou pôr as minhas mãos na fogueira! Essa areia já está sujando a minha bunda!
Gerson (olhando para as produtoras): Acho que vamos ter que ficar na ilha umas três noites até o resgate chegar...
Paula: Vou me matar! Vou me jogar aos tubarões!!! Aqui não tem babá e não vai dar para eu saber o resultado da Dupla Sena....
Japinha do Créu (no celular): Não gata, nós estamos numa ilha, acredita em mim, eu te amo, logo logo estarei aí pra gente ir naquela balada...
Celso (tocando violão): Aposto que esse peixe vai ficar uma bosta...
Celso: (depois de finalizar o peixe na fogueira, dando duas viradas no bicho): Esse peixe está uma bosta! O culpado é o Jorge ou o Alfredo que não sabem nem assar um peixe direito... Além disso, o crepitar da fogueira está totalmente desafinado... Faz de novo! Caralhooooooooo.......

COM SEU AR BLAZÉ, FABIANA USA O CELULAR PARA CONSEGUIR UM HELICÓPTERO E SALVAR TODOS DA ILHA. NUM CANTO DA AREIA, MAMÁ ESTÁ BATENDO COM UMA FOLHA DE PALMEIRA NA CABEÇA DO RODRIGO, NÃO SE SABE POR QUE, QUE TENTA SE EXPLICAR POR TRÁS DE SEU ÓCULOS ESCUROS: "EU SOU O PELÉ! VC É SÓ O COUTINHO!". E, MAIS ADIANTE, GERSON DE SOUZA, CARENTE, SE DECLARA PRA FABIANA.

Gerson: Você já conhece a teoria do "pinto amigo"?
Fabiana: Já, Gerson...
Maria (irritada): Ai, Gerson... se toca, vai! Vc já tá velhinho para essas coisas, né!? Deixa a menina em paz! Você não vê que ela está tentando salvar a gente?
Fabiana: Ai, Marriii... e por falar em nos salvar, quando conseguirmos sair daqui, vamos marcar de ir à um restaurante árabe delicioso q eu conheci semana passada... é pequenininho, sabe? Aconchegante, uma graça!
Maria: Sério, menina? Vamos marcar sim... Lugar bonito com gente bonita!

EIS QUE SURGE O JORGE, DE SUNGUINHA DE CROCHÊ SEM FORRO, CORRENDO COMO UMA GAZELA PELA PRAIA GRITANDO: “TEM GOLFINHO! TEM GOLFINHO!”. COMO NINGUÉM DÁ BOLA, ELE VAI EM DIREÇÃO AO RAFAEL...

Jorge: Vinha eu pela praia, de sunga de crochê, correndo, passei por golfinhos, catei algumas conchinhas coloridinhas, tomei um bronze e estava pensando...
Paula roncando.
Jorge: Aí me veio à mente uma frase de Mário de Andrade que diz "Das praias adiante, que também dominam, aprisionam e mandam..."
Rafa: Edita, Jorge, pelo amor de Deus!
Paula precisa já de um desfibrilador.
Jorge: Bom.. o que eu queria dizer é q me preocupo com o seguinte: você pediu para a produção encontrar um polvo de 16 tentáculos, e pediu um outro trabalho pro Rodrigo e outro pra Fabíola... aí...
Rafa: Fala, Jorge! Eu tenho mais o que fazer nessa ilha do q ficar esperando você falar!
Jorge: Deixa pra lá... esqueci o que eu ia te falar...
Rafa: Redação... cadê o rádio? É nossa vitória!!! Vocês ouviram? Vou repetir... cadê o rádio?
Rafa (tentando acalmar a equipe): A Record é um dos melhores lugares para se trabalhar... alguém virá nos buscar! E outra, saindo daqui, vou pedir um aumento para todo mundo.

EMBAIXO DA SOMBRA DE UM COQUEIRO, AO LADO DE UMA ESTRELA DO MAR QUEBRADA, MICHAEL KELLER COMEÇA A ENSAIAR UMA PASSAGEM PARA UM POSSÍVEL "MAUS TRATOS CONTRA ANIMAIS 117".

Michael: "Estamos aqui em uma ilha deserta e olha o q eu encontrei... uma estrela do mar machucada! São os maus-tratos contra animais até aqui no fim do mundo... é muito triste, muito triste..."
Rodrigo (após verificar que algumas tartarugas estavam machucadas): Será que essa matéria rende prêmio? Vamos inscrever!
Rafa: Fabiana, será que não tem nenhum artista por aqui? Paula... vai pensando em algo dramático, algum flagrante, tragédia....

DE REPENTE, A EQUIPE AVISTA UM NAVIO BRANCO COM OS DIZERES "A CAMINHO DA LIDERANÇA", DENTRO DO NAVIO, UM HOMEM ALTO... ELE FINGE FALAR AO CELULAR E VAI EMBORA COM O NAVIO SEM RESGATAR NIGUÉM. TOCA O CELULAR DO JAPINHA. É O MARCELO, DO ADMINISTRATIVO, AVISANDO QUE O RESGATE NÃO FOI APROVADO, PQ O ORÇAMENTO ESTAVA MUITO CARO.

Rafael: Pessoal... pensem pelo lado positivo... vocês são os únicos jornalistas a ter know-how de jornalismo de ilha deserta!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Retrospectiva


Em 2008...


- ganhei o Artie
- briguei com uma das minhas melhores amigas e a amizade foi pro saco
- por causa dessa briga, fui expulsa do grupo de TCC
- entrei em outro grupo e escrevi em parceria um livro sobre a decadência do circo como opção de entretenimento (ainda preciso plantar uma árvore e ter um filho!)
- me formei com louvor!
- fui à algumas raves e tantas baladas e outros muitos bares e restaurantes
- assisti incontáveis filmes
- fui efetivada na Record como pauteira ou produtora de reportagens
- mudei pra Sampa com o Dé
- chorei muito. Sorri mais ainda
- frequentei mais noites de 'lulus'... E foi ótimo!
- demonstrei e provei meu amor à uma grande amiga, quando ela precisava de alguém
- troquei de carro (meu primeiro carro 0km)

Faltam 30 segundos... 3, 2, 1!

Meu chefe: - Fabí, faz pra mim uma lista do pessoal do Câmera Record com o que preferem para folgar – Natal ou Ano Novo.
Ok.
Na lista, eu e... Todos (!!!) queríamos folgar no Ano Novo.
Passei a lista. Recebi a escala. Da produção, três folgam no Natal e um no Ano Novo. Nada justo, né?! Caras de espanto fizeram a única felizarda da escala – minha chefe de produção e amiga – tomar uma providência. Eu e o Marinheiro tivemos então que ‘tirar no palitinho’. Como nunca ganhei nada – a não ser os patins da Gincana da Nota Fiscal, quando meu pai era advogado de uma rede de supermercados! – perdi. Folguei no Natal. E foi aí que minha saga começou. De plantão na virada... O que fazer?
Minha família mora na praia, tem uma pousada. Tentei fazer um bate-volta... Não deu. Como sabem, não lido bem com trânsito.
Então restaram a mim e ao Dé três opções: passar com os pais e padrinhos dele em Santo André, passar na nossa casa assistindo incansáveis capítulos de Friends, ou passar na Paulista.
Como estamos morando em São Paulo há pouco tempo, nosso carinho pela nova cidade que nos acolhe falou mais alto (aff!) e optamos pela terceira opção, também pela curiosidade. Nos arrumamos, agendamos um táxi, pegamos o champagne e fomos... Felizes da vida! Nosso segundo reveillon juntos.
Que organizado! Policiais fazendo revistas. Ruas bem sinalizadas, sem trânsito, boas interdições. Tivemos que virar a garrafa de champagne, de tanta organização! Ok... Pra gente, beber não é problema.
Entramos já alteradinhos, bebemos mais algumas cervejas, era show do KLB. Ai, meu Deus! Depois de um tempo aprendendo músicas do Kiko, do Leandro e do Bruno, me deu uma grande vontade de sair do meio do povo e sentar. Idéia que fugiu logo da minha lista de vontades no momento em que sentei numa muretinha digamos urinada!
Uma observação (na verdade, indignação): Como assim o Leandro do KLB namora a miss Brasil mais bonita ever? Fora ela, só tinha gente feia. Isso tudo bem, sem preconceitos. Ser feio é mara!
Começou então o show do Daniel – o ‘menino da porteira'. Descobri que conheço mais letras dele do que eu imaginava ou gostaria! O sucesso foi quando ele cantou ‘no xenhenhem da sanfona, no plimplimplim da viola...’.
Quase meia noite, pernas doendo, porque não dava pra sentar, um calor danado – calor humano, né?! – músicas de Daniel e começou a contagem regressiva. O animador do evento Luigi Baricelli (quem?) anunciou: ‘Faltam 30 segundos!’. E foi aí que entrou a contagem nos telões: ’3,2,1!’. Como assim? De 30 passou pra 3? Fiquei sem entender. Quando percebi que era o momento de abraçar meu namorado, fui esmagada pela multidão (lembram que não sei lidar muito bem com multidões também, né?!). Uns infelizes acenderam bombas caseiras no meio da galera. Começou o corre-corre, o empurra-empurra, os policiais com os cassetetes... E os fogos!
Depois que os policias levaram os bebuns muito loucos para longe, consegui finalmente beijar o Dé... Enquanto outros muitos casais estranhos faziam o mesmo.
O único show que queria assistir era o do Skank, que começou logo após os fogos. Mas não foi possível. Aquele lugar estava insuportável. Fomos pra casa beber Chandon e assistir Friends mesmo. Entre um capítulo e outro...
- Gostou, amor, da 'festa'?
- Nunca mais, né?!
- É.
95% das boas pessoas de São Paulo não estão em São Paulo no feriado de Ano Novo. Portanto, só sobra o lixão na Paulista. Fica a dica!

E eis que começo como?


Santoandreense de nascença. Batateira (de São Berrrrnarrrdo!) pela infância e adolescência. Atualmente paulista e paulistana. Jornalista, como já disse. Ex-professorinha de inglês. Por causa de SBC e do inglês, puxo o ‘R’ como ninguém! Preciso parar com isso urrrgente! Carente, como quase todos sabem. Alto astral, no matter what. Mesmo porque entrar em depressão é um luxo que nunca consegui me dar. Muitas vezes, não muito dentro da sanidade. E outras, não muito dentro de padrões. Também não próxima da alternatividade. Um passado distante muito feliz. Um outro não tão distante muito triste. Um próximo bem melhor. Fases, né!? Sempre pensando no futuro e fazendo planos. Não planos exatos em planilhas ou com lembretes de post-it (como faz – admiravelmente – o Dé), mas sempre planos. Com uma família bem reduzida, bem mesmo, mas linda... E unida... Como nunca e para sempre. Distante em quilômetros, mas bem pertinho. Com um amor pra vida toda (ou até quando permanecer). Também tenho o Artie. Amigos que vêm, outros que vão, alguns se perderam. Sofri. Outros se agregaram. Eeee! Os de sempre são os de sempre. Que bom! Fujo da solidão, nem que seja uma solidão momentânea, como um final de semana sem companhia porque todos estão viajando. Me amo, mas assumo não gostar de conviver só comigo. Não lido bem com a claridade, nem com o tédio. Era mimada. Agora batalhadora. Ah... também não lido bem com multidões... Ou trânsito. Menina que nunca vai deixar de ser menina... Na aparência e/ou no espírito. Nunca completamente satisfeita, sempre achando que está perdendo algo enquanto faz outra coisa. Idealista sofredora. Apesar de achar esses adjetivos sinônimos, baita pleonasmo. Adoro música, mas não tenho talento nenhum para a coisa e também nunca me lembro dos nomes das canções ou dos intérpretes. Não sou atleta e nunca nem passei perto disso. Coach potato assumida. Já fui ao show dos Back Street Boys! Ainda quero conhecer o Bon Jovi! Chorona, desastrada. Deslumbrada com educação. Não posso receber um agrado que já quero ser amiga! Carinho no cabelo então... Meu ponto fraco! Pessoas diretas também ganham minha admiração. Porém, meias palavras bem usadas são fascinantes. Sei bem o que não quero. Sei mais ou menos o que quero. Sou bastante contraditória, mas faço sentido. Me faltam limites. E às vezes comer menos! Parar de fumar e de beber? Improvável, por enquanto.

A criação


Sou jornalista. E tenho lido muitos blogs. Também andei aumentando meu número de páginas lidas de cada livro que acabo comprando por impulso. E tenho lido vários ao mesmo tempo. Porque eles são pra mim iguais a sapatos... sei lá!
Ando também trabalhando muito, eu diria que mais do que eu realmente gostaria – hoje é o primeiro dia do ano e estou pelos corredores da empresa desejando ‘feliz 2009’ para colegas de trabalho, muitos deles desconhecidos. Apesar de tanto trabalho, pouco escrevo.
Então: muitos blogs + muita leitura + plantão de ano novo sem muito o que fazer + pouca saciedade da escrita = criei um blog!
Não o criei antes pela idéia de comprometimento que todo novo passo tem. E assumo: não gosto muito de comprometimentos desnecessários – é algo muito alternativo pra mim! Portanto, só vou estar por aqui quando ‘der na telha’. Não farei como os compositores de pagode que, sem ter o dizer, abrem a boca para pelo menos um ‘laiá-laiá’ ou ‘leiê-leiê’!