sábado, 21 de novembro de 2009

Dente-de-leão


"500 dias com ela". Doce.

Logo no comecinho, me arrepiei com a tela dividida contando a história de Tom e Summer, mostrando vídeos de infância, e - em um dos quadros - o sopro de Summer numa daquelas flores de soprar (sabe?) se transforma nas bolhinhas de sabão de Tom. Sensível.
Eles se conhecem. No trabalho.
Se apaixonam. Num karaokê.
Ela sugere o primeiro beijo.
Na cama dela, eles se conhecem fazendo perguntas um ao outro, como 'campo ou praia?', 'qual sua cor favorita?'.
Ela não queria um relacionamento. Ele queria namorar.
Eles brigam e perdem o controle. Mas se arrependem e pedem desculpas.
Ela não sabe muito bem o que quer. Ele sabe.
Se amam num dia, se odeiam em outro.
Tom ama a risada de Summer, mas odeia o barulho que faz antes de sorrir. Ama o jeito como lambe os lábios, mas odeia que o faça antes de falar.
"Este filme é uma ficção. Qualquer semelhança aos personagens é mera coinscidência."
Só espero que eu possa ser Summer, Autumn, Spring e até Winter...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Bora bebemorar os 25 aninhos!


Homenagem

Ontem acordei com o celular. Um amigo que ligava pra avisar que meu ex-chefe havia morrido. Como eu era uma das poucas pessoas que tinham amizade com aquele velhinho antiquado e ranzinza, recebi vários avisos da morte dele. Pena que nenhum antes do horário do enterro ou da missa. Na hora confesso que até chorei, por não ter conseguido me despedir. Depois me indignei pelo motivo da morte: acidente de carro. E só então me consolei... ao pensar que ele era sozinho (não deixou quase ninguém, apenas irmãs).

Hoje recebi pelo correio interno o texto que segue, escrito por Adriana Freitas:

"Parece uma cena de filme, daquelas que nos levam a parar para pensar na vida 'real' por alguns instantes. O conflito: um personagem que é parte do cenário e, de repente, desaparece. Aí todos começam a se perguntar quem era aquele porteiro por quem passavam todos os dias sem reparar; quem era aquela secretária que dava conta do serviço mas nunca foi lembrada nas oportunidades de promoção; quem era aquela vizinha que varria a calçada todos os dias até o dia em que as folhas a venceram... Afinal, quem era o Aldahyr Ramos??? Confesso que pra mim era um cara estranho. Nunca soube defini-lo muito bem. Mas também nunca ocupei muito meu tempo tentando. Sei que ele era um cara extremamente formal no jeito de falar e agir, mas que amava Beatles, usava camisetas do Abbey Road e pintava o cabelo, aliás, o que era engraçado. Sei também ele era um caçador de assuntos. Mas não me lembro nunca de tê-lo visto reclamando de trabalhar demais, de trocar de horário, de mudanças de chefia ou de qualquer outro assunto cotidiano. No fundo, mais parecia que ele não pertencia a esse mundo, e todos hão de concordar comigo nisso... E provavelmente ele não pertencia mesmo. Há duas semanas, depois que terminou o JR, ele me chamou. Disse que sabia que eu gostava de gatos e que queria me mostrar uma coisa. Houve um incêndio em uma pensão no centro de São Paulo. E os bombeiros resgataram três gatinhos intoxicados e meio chamuscados. O motolink enviado pelo Aldahyr flagrou os bombeiros limpando os bichanos e fazendo massagem no peito deles, que começaram a miar assustados depois de perder seis das sete vidas ainda bebês. O Aldahyr enlouqueceu com a imagem. Visivelmente emocionado, disse que era linda, que valia matéria 'com certeza'. Que tínhamos que começar a dar mais valor para essas histórias de vida. Vimos a fita umas quatro vezes antes de eu ir embora... Desci as escadas pensando que eu não sabia de fato quem era meu colega de trabalho. Daquele dia em diante, ao contrário de antes, decidi que daria atenção ao 'caçador de assuntos'. Na correria, lamentavelmente, foi muito pouco tempo... Mas descobri um cara inteligentíssimo, extremamente culto e até engraçado. E mais do que isso: um ser h-u-m-a-n-o, na tradução mais fiel do que a expressão pode significar. Agora, mais do que nunca, sei que ele estava certo... Corremos tanto todos os dias que nem sequer temos tempo de dar atenção ao que há de mais precioso à nossa volta: a vida. Não paramos dois minutos que seja para conhecer as pessoas que passam anos e anos, mais de sete horas por dia, vivendo no mesmo espaço que a gente. Eu nunca soube que o Aldahyr gostava de pescar, nem que tinha irmãs... Hoje, depois dos três minutos de choque inicial pela notícia da morte de 'um entre nós', a redação voltou à rotina. Muito barulho, tvs altas, rádios, telefones tocando e todos correndo. Provavelmente ninguém teve tempo de lembrar que, às 16h, um funcionário não entrou pela porta e não ocupou o lugar do canto da mesa da chefia de reportagem. Uma voz a menos foi ouvida no fechamento, mas na confusão ninguém deve ter notado. Fica a reflexão: o que estamos fazendo com nossa vida?"

Depois de ler esta reflexão de minha colega de trabalho, me sinti orgulhosa. Eu vi, desde meu primeiro dia de trabalho na rádio-escuta, que ele era um 'ser h-u-m-a-n-o', uma pessoa especial, pouco compreendida por tamanha sensibilidade. Eu o conheci, realmente. Soube de sua paixão pelos Beatles, por aviação, por vinhos e por pescaria. Ele também adorava cozinhar e se gabava pelo excelente caldinho verde que fazia! Tinha um rádio-patrulha em casa, de tão fissurado por notícias que era. Morava perto da Pompéia e adora os barzinhos de lá. Abriu há uns dois anos uma pousadinha de pescadores em Cananéia, onde ele queria morar quando se aposentasse. Era divertidíssimo, cheio de histórias pra contar. Um professor excelente. Sempre ouvi ao Aldahyr com muita atenção. Ele me ensinou muito... Sobre a própria rádio-escuta, sobre o jornalismo, sobre a televisão, sobre a vida.

Já passei um dia inteirinho ouvindo ao rádio-patrulha, de fones de ouvido, na frequência da torre de controle do aeroporto, aguardando a confirmação da chegada de George Bush em São Paulo. Para o Aldahyr, aquilo era muito importante. Pra mim também. Pra coordenação de link não foi. A Band deu a notícia primeiro. No dia da queda das obras do metrô Pinheiros, o Aldahyr estava de licença, resolvendo problemas no interior. Eu passei o dia sozinha, atualizando notas o dia inteiro, sem parar. Ele não me deixou na mão... Ficou ao telefone comigo. Assim que eu soube da notícia (antes das outras emissoras), avisei a chefia. Que, novamente, não deu importância. O GloboCop entrou primeiro. Realmente não davam ouvidos àquele senhorzinho introspectivo. Mas ele me ensinou a confiar nele. E eu confiava de olhos fechados. Não entendia, muitas das vezes, o motivo dos pedidos, mas fazia o que ele me indicava. Foi assim que aprendi a ver a notícia em detalhes mais preciosos do que no sensasionalismo.

Realmente, o que estamos fazendo de nossas vidas? Como o fechamento de um jornal consegue abafar tudo, até a morte? Não conhecemos as pessoas com quem trabalhamos, ou nossos vizinhos de prédio... Não temos mais tempo nem de nos importar, de sermos pessoas.

Tive tanta admiração por aquele pescador, que (dá até um nó na garganta) me lembrava meu pai, que cheguei a dar-lhe uma garrafa de vinho. Ou seja, entrei na TV com uma garrafa de bebida alcóolica!!! Mas dessa 'travessura' não me arrependo. Me arrependo de não ter experimentado seu caldinho verde e conhecido sua tão amada pousadinha... Disso sim.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Menos arte

Passei o domingo - de plantão - chorando. De novo com o ar condicionado gelado, sem companhia na redação, dividindo meus soluços com as divisórias. Saí algumas vezes apenas pra colocar o coração no sol... secar as lágrimas. Parecia drama, mas não era não. Misturou o desconhecido com o trauminha e as noites anteriores mal dormidas.

Sim, é só um cachorrinho. Mas fazer o quê? Me apego. Fora a admiração que tenho ao amor incondicional que esses serezinhos sentem. Ter acordado duas madrugadas com as convulsões dele, ao nosso lado na cama, me deixaram tão preocupada. Estava ao nosso lado porque estava com medo e precisava se amparar em alguém que confia. E foi o nosso carinho que fez as convulsões cessarem.

O Artie tem epilepsia. Não tem cura. E os medicamentos são permanentes, pra sempre. Duas vezes ao dia temos essa responsabilidade. Não pode atrasar, pra não correr o risco dos ataques virem. Não pode mais viajar nem ficar muito eufórico. Agora vou me acostumando com o fato e me adaptando à situação. Ele também. Enquanto isso, anda chorão como nunca foi. Carente, não quer ficar sozinho em casa. Anda cortando meu coração.

E nesse meio tempo, imaginei como seria ter um filho. Imaginei o amor que os pais sentem. As preocupações, os medos, os sofrimentos quando um filho é ou está doente. As responsabilidades. Não deve ser fácil não. E o amor deve ser imenso, assim como a apreensão deve ser constante...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Ainda acho que merecia 90

Como muitos sabem - andei falando bastante sobre isso! - eu estava há três anos sem férias. Juntei dois anos de escravidão (eles chamam de estágio) com mais um ano com contrato de gente grande (gente grande não muito bem sucedida) e estava à beira de um grande surto. Ainda bem que agosto chegou rápido e eu pude respirar um pouco do ar que existe longe dos computadores, telefones e divisórias.

Na primeira e na última semanas do mês fui para a casa da minha mãe matar as saudades da família. Dormi bastante; assisti a programas de TV nada a ver - só pra coçar com algum aparelho eletrônico ligado mesmo -; ganhei mimos e mimos; tomei bastante café com a minha mãe, ao conversarmos e desabafarmos; li dois livros e duas revistas; fui a um churrasco na casa do meu tio e bebi cerveja pra caramba com ele -; brinquei com meu afilhado, que agora finalmente me chama de 'madinha'; ouvi contos da minha avó, arrumei o quarto dela e a ajudei a cozinhar; conheci um restaurante chinês gostoso; tomei sol sem saber que horas eram; conversei com minha cunhada; ri muito com meu irmão; fui ao pesque pague - onde fiquei na sombra bebendo e comendo! -; vi a linda cena do Dé brincando de futebol com meu afilhado... E percebi, enquanto minha mãe chorava por eu estar indo embora - mesmo que fosse por poucos dias -, que minha presença faz bem e que é bom demais estar com eles.

Entre essas duas ídas à Mongaguá, fui pra Fernando de Noronha com o Dé. Na verdade, eu fui um dia antes pra Recife, onde conheci pessoalmente um produtor que já trabalhou comigo à distância - conhecê-lo não foi muito agradável, então deixa pra lá! Bom... Em Noronha, desci do avião e senti um cheirão de mato... Puta sensação boa! De princípio, a rinite chegou até a chiar (só conhecia a poluição, né!?), mas logo o nariz acostumou! Então, durante nove dias conhecemos as figuraças da ilha, as famosas mabuias - que teimavam em entrar nas pousadas e bolsas - (uma delas comeu um pedaço do meu brigadeiro!), um casal curitibano que passou a dividir com a gente as despesas de transporte e os bons momentos, a festa anual 'do farol' no Bar do Cachorro - com seu DJ empolgadão e o 'lado B' das já citadas figuraças da ilha... Foi muita trilha, muito sol, paisagens bonitas para os quatro cantos, sorrisos, paz, finais de tarde com cansaço das panturrilhas e não da mente, noites bem dormidas, cafés da manhã reforçados, frutos do mar em restaurantes deliciosos, mergulhos em águas cristalinas, encontros com peixes e tartarugas, passeios de barco...

Agora acabou e amanhã 'volto ao tronco' como disse minha própria chefe! Mas não volto de cara feia não... Volto com saudades da redação, das risadas, das bebedeiras na Livraria. E com a alma renovada*!

*Apesar de achar que merecia 90 dias de férias! O certo seria ter acumulado, pô! ;)

terça-feira, 7 de julho de 2009

Óiaaaaaaaaa

Mais um dia de trabalho daqueles. Correria, notícias ruins nos jornais. Aviões caem, ídolos morrem. O Ibope foi bem. Caiu aquela marcação. Estreou programa novo. Corre daqui, escreve dali, fecha pauta, liga para personagens sem parar. De repente, a porta entreaberta da redação para o corredor muda o dia.

Era ele... De óculos de grau, cabelos loiros, baixinho, sendo seguido por uma multidão de fotógrafos e repórteres. Uma lenda, um mito, não há quem não o conheça! Era o Gugu! Hahahahaha! Não consegui conter o ataque de risos!

- Domingoooo Leeeeegaaaaaaaaaaal!
- Umba umba umba hey! Umba umba umba hey!
- Meu pintinho amarelinho cabe aqui na minha mão! Na minha mão!

Foi então, após o ataque de risos (atrás do monitor da LG), que veio a profunda depressão. Um dia tão divertido - digamos assim - tinha se transformado num dia cinza, pesado, frio...
Alguém sabe por quanto o 'tal Gugu' foi contratado? Por R$3 mihões/mês! Um detalhezinho pra completar: o contrato é de OITOOOOO anos.

Ou seja, ele vai receber mais de mil vezes o meu salário! Pra ganhar o que ele vai ganhar por mês - tendo em mente meu salário atual - eu teria que trabalhar por 125 anos! Quer dizer, eu não posso nem MORREEEEERRRR!

A partir dessas comparações, passei a traçar meu próximo objetivo profissional. Cheguei à algumas opções:
a) Ser 'bunda' na prova da banheira
b) Dançar em cima da taça de marguerita
c) Ser 'pinto amarelinho'

Desespero? Falta de ética? De foco na carreira? De credibilidade?
Estou focando mais é em ter crédito no banco! Isso sim! Credibilidade é para os fracos! Ainda mais agora que meu diploma de jornalista não vale mais do que R$0,10 - o que cobram por uma folha sulfite.

Já comprei roupas amarelas, um LP do titio Augusto Liberato e me inscrevi numa escola de dança. Eu chego lá!

terça-feira, 30 de junho de 2009

A arte de crescer

Ela tem cara de criança, altura de criança, jeito de criança...
Não, não sou mais menina-besta.

Quase tudo leva ao amadurecimento. E recentemente tenho enxergado com visão-thundercat o quanto mudei nos últimos anos (e olha que pra citar os thundercats, não sou mesmo tão novinha!). Num bar, há poucas semanas, recebi um elogio gostoso sobre minha evolução. Há poucos dias, respondi um email sobre não ser mais aquela Fá de 15 anos atrás. E essa semana precisei explicar de várias formas - mensagens de correio interno, reuniões pessoais com direito a voz (rouca pela gripe) elevada - o porquê de me defender. Não se assustem com minha defesa! Me defendo porque aprendi...

Que nem toda mão que desliza em meus cabelos é de uma pessoa que gosta de mim. Às vezes o dono dessa mão está só querendo me entorpecer com o carinho... E depois ressurgir com um grande mal. Aprendi que ser racional é totalmente necessário, por mais emoção que exista em todas as minhas ações. Aprendi que não existe nem o 'pra sempre' e nem o 'nunca'. Que a vida prega peças com motivo. E que, se for aproveitada, a situação estranha/complicada/difícil/surreal te ensina muito. Aprendi a me valorizar (na verdade, abri os olhos para o meu valor). E tenho aprendido o que sou, quem sou, o que quero, o que gosto... Ou o oposto. Aprendi que dentro do ambiente de trabalho existem colegas de trabalho. E que esses colegas, fora desse ambiente, podem ser grandes amigos. Mas, dentro, não passam mesmo de colegas. Que confiança e companheirismo são conquistáveis e não imposições. Que o medo de perder (alguém ou alguma coisa) te impede de ganhar.

Não, ela não sabe de tudo. Não, ela ainda não é adulta demais.
Venho errando e aprendendo e acertando e sobrevivendo. Tentando não cometer os erros antigos e nem a assumir erros que não cometi. Aprendendo a ter mais paciência ainda, ser menos impulsiva ainda, mais racional ainda.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Frase duca!


"Fecho as pálpebras do espetáculo porque esse lado esquerdo pérfido bate .. bate .. bate .. mas, na verdade, é sempre o abatido."
(Renato Eduardo)

terça-feira, 9 de junho de 2009

De beijos e diferenças

O ventinho do outono chegou.
Para amenizar as baixas temperaturas, além de um bom vinho, essa semana tem o dia dos namorados.

Nesta sexta-feira novos sonhos se formarão, promessas serão feitas - algumas mantidas e outras tantas renovadas -, surpresas, jantares à luz de velas, nascerão poesias, bilhetinhos de amor pela casa, 'te amos' com mais intensidade, perdões facilmente aceitos, casamentos marcados...
Quantas rosas serão salvas de morrer?
Chocolates de presente. Beijos trufados, brancos, recheados, apimentados... Só não entram os amargos.

Mas o amor nem sempre é 'suspirante'. No fundo ele é feito de diferenças.
É feito do quanto me incomoda que ele morda os cantinhos da boca, ou que seja às vezes frio ao telefone. Feito de uma discussão sobre um domingo de futebol ou de filosofar sobre a importância do vídeo game. O amor aparece quando ele dorme e me descobre. Mas, de forma inconsciente e protetora, me cobre de novo. Aparece quando fica nítido que a paixão foi embora, mas que deixou lembranças. Que a amizade aumentou, mas não basta. Que momentos difíceis acontecerão, mas que vale muito a pena.
Que a sexta seja brega - com apelidos carinhosos e pagação de micos. Porque sábado começa um novo dia.

“A coisa mais importante que você irá aprender é amar e ser amado em troca” - Moulin Rouge
"Não se esqueça. Eu sou apenas uma garota, parada em frente a um garoto, pedindo-o para amá-la" - Um Lugar Chamado Notting Hill
"Nunca deixe alguém te fazer sentir como se não merecesse seus sonhos" - 10 Coisas que eu Odeio em Você
"Se você ama alguém, você tem que dizer, na hora, em voz alta. Senão, o momento apenas passa por você" - O Casamento do Meu Melhor Amigo
"Às vezes amamos tanto uma pessoa, que fingimos não sentir. Porque se percebemos o tamanho deste amor, isto poderia nos matar" - Os Garotos da Minha Vida
Assumo: Adoro comédia romântica!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Não esquecer! Importante!


É conta que precisa ser fechada. Documento que precisa ser entregue. Burocracia maldita.
Dívidas e dívidas. Carros colocados à venda. Telefonemas e/ou emails de interessados respondidos com educação máxima e uma pitada de meiguice!
Sete horas a cumprir, resultados a dar, deadline sempre entourando.
Não deixar de ser cúmplice do namorido, não ver o pessoal do trabalho só no trabalho. Não perder contato com ex-colegas de trabalho.
Rever a família sempre que possível... E os antigos amigos desnaturados que não aparecem sem um incentivo.
Pintar e cortar os cabelos, depilar meia perna, manicure. Consultas preventivas... E outras necessárias.
Saudades de andar no parque. Precisa ir ao shopping comprar presente.
Visitar família do namorido. Cuidado com os eventos pré-agendados.
Plantões de finais de semana... Dobrados e duplos, com direito a feriado prolongado na lama!
Livros inacabados. Cobrar assinatura da revista que esqueceu de enviar por um mês.
Fazer meu trabalho com excelência e me dedicar a fazer mais do que me é de obrigação, pra não perder o foco.
Não perder aqueles aniversários importantes.
Me atualizar, ler notícias, saber como andam casos como o acidente aéreo da Air France. Ir ao cinema... Ao Cinemark e ao Espaço Unibanco da Augusta.
Buscar novos cursos e worshops. E novos CD's e shows.
E ainda encontrar tempo pra fazer planos de novas 'tarefas' para o futuro.
Salvar o mundo em 24 horas? Só na ficção.

O meu mundo fica uma zona quando o dia acaba na 24ª hora...

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Um abraço e uma promessa

De uma coisa tenho certeza: a gente amadurece com as merdas que acontecem. Ao acordar com os olhos inchados e ardendo, uma puta dor de cabeça, o sol batendo na janela... e perceber que ser forte não é uma opção, é a única saída. Na verdade, é exatamente no momento em que apoiamos no chão e com força conseguimos levantar. Assim enfim enxergamos... os sentimentos, as pessoas ao nosso redor, o que é felicidade, o que é dor, o que queremos e o que não podemos ser. É nessa hora que aqueles que dão o abraço mais apertado - nem precisam falar nada - são dígnos de gratidão eterna. Culpa da sensibilidade à flor da pele.

Anos de cenas ruins vivenciadas com uma constância desesperadora. Assistindo ao sofrimento de uma pessoa amada demais, daquele que era intocável, forte, lutador. E que iria me livrar de todas as amarguras e me salvar dos momentos mais confusos da vida. Nada fácil. E não me venha com o usual 'pelo menos assim você foi se preparando'. Não existe preparação para a perda. Apenas dói e ponto. E quanto mais tortura, mais tempo de dor.

Ele sabia que iria embora. Alertou meu irmão de que ele seria o homem da família. Fez uma listagem de seguros, com contatos e senhas. E foi no dia em que ele partiu que encontramos esta lista... Pra esmagar o coração e os pulmões ainda mais um pouco. Chorei. Até me sentir anestesiada.

Na manhã seguinte, sol ardido, a última despedida. As flores davam a certeza de que seria mesmo a última. A pior visão, o pior sentimento, o pior tinha chegado. Nada se compararia àquela falta de ar e à boca trêmula. A partir dali, uma vida em que sempre estaria faltando alguém. Um dos abraços mais apertados - dos que citei acima - foi de um alguém que me disse apenas 'vai passar, eu juro'. Foi desse juramento que tirei forças pra continuar sem parar, sem balançar. Apenas olhei pra frente, mirei um objetivo e fui andando em linha reta, com calma e responsabilidade. Com olhar fixo. Acabou dando tudo certo, às vezes com uns cruzamentos movimentados, uns atropelamentos no caminho, algumas coisas que me tiraram da estrada reta, mas deu tudo certo. E a dor passou. Deixou a saudade, uns traumas, um sentimento de solidão que tende a aparecer sob qualquer angústia, mas o esmagamento do coração teve fim.

Passei por tudo de novo. Dessa vez como coadjuvante. Foi quase tão doído quanto. Novamente não pude fugir de ver uma pessoa amada sofrendo. Ele fazia o meu papel na história. Conhecendo o final da trama, eu soluçava em lágrimas antecipadamente. Sabia o que ele estava passando, o que estava pensando. Podia ver seu coração ser esmagado e a sua tentativa de fazer a boca parar de tremer, a mão deixar de gelar. Apenas jurei que vai passar. E lhe dei um abraço apertado.

Dessa vez, os olhos fixos serão quatro. Focando o mesmo objetivo. Vamos andar juntos numa nova linha reta, sem balançar, sem parar. Minha força será a força dele, eu sei. E vai passar. E tudo vai dar certo. Em nossas vidas, o lutador que nos livraria das amarguras irá faltar. Mas nos tornaremos fortes e amadurecidos. Salvaremos um ao outro dos momentos mais confusos dessa caminhada.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Mais um dos meus momentos

Brigas são normais, naturais... Pra essa realidade, né, eu quero dizer. Para os dias atuais. Aquela velha falta de fazer e viver 'breguices'.
Num dos meus momentos de auto-conhecimento após piléque e acordado pelos gritos, me deparei com o fato de que o tempo passa. O tempo todo, o tempo passa. E... Se passou, não volta. É triste, duro, mas real.
Embreagada de cerveja, carência, tequila, medo e vontade de sumir, no quarto ao lado, chorando (chorando não... botando tudo pra fora), peguei minha arma - vulgo telefone - e liguei pra um amigo que não via - e não ouvia - há tempos.
Imaginei que ele me colocaria pra cima, me animaria ou pelo menos tiraria de minha mente a culpa, o pensamento de 'eu que pedi pra isso acontecer, como sou burra".
Ele realizou bem a missão. Me ouviu chorar e desabafar, me aconselhou e puxou meu saco - o que eu estava realmente precisando. Depois de quase uma hora de 'papelão', consegui ter forças e, mais que isso, consegui deixar de ser uma egoísta louca, e lancei o 'E você? Como está?'
- Vou casar.
- Com quem? Quando? Como assim?
- Com a Fulana. Dia 18 próximo. To apaixonado, encontrei minha companheira.
Caramba! E eu ligando pra ele como se nada, né... E ela, em seu papel de noiva, provavelmente dormindo ao lado dele e ouvindo - ou pelo menos deduzindo - tudinho. Não tenho certeza porque não tive coragem de perguntar. Assim como também não tive coragem de perguntar por que não fui convidada para o tal casamento. Deduz-se que não fui convidada porque sou sem noção! hehe
Madrugada estranha. Nem me lembro como foi o 'tchau' antes de desligarmos o telefone. Manhã mais estranha ainda. Voltei à suíte, derramei mais umas lágrimas, abracei meu 'companheiro pouco brega' e meu cachorro, e dormi mais um pouco. Na verdade, foi só aí que dormi gostoso. Depois de me desculpar como sempre, tudo voltou ao normal. Ufa de novo! E na caixa de entrada do meu celular a mensagem: "Nunca deixe de fazer o que tem vontade. O tempo passa... Espero que esteja mais felizinha. Pode contar comigo."

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Eu sou um e meio

Texto de Jorge Valente
Em qual categoria você se enquadra???
Para ajudar na hora de convidar as pessoas para festas e baladas, aí vão as categorias dos festeiros / baladeiros, segundo a minha observação.

Boêmios categoria 1 - São aqueles que não perdem uma festa de jeito nenhum. Vão a todas e com todas, mesmo com dengue, febre alta, conjuntivite e bacia fraturada. Geralmente, saem de uma balada para outra e da outra para a outra outra. São os que mais bebem, sem aparentar estar bêbados e chegam em casa com o nascer do sol. Numa noite, são vistos em três ou quatro lugares diferentes. No dia seguinte, não tem noção de quanto gastaram. E acordam sem saber em que dia estão e, às vezes, quem são.
Exemplo clássico: Charles Rosa

Boêmios categoria 2 - São boêmios classudos, que andam pelas poças da Avenida Paulista como se estivessem numa passarela de Paris.
Sabem onde estão e quem são, não importa a quantidade de álcool ingerido. Cruzam com frequência com os boêmios do tipo 1, mas não se deixam seduzir irrediavelmente por eles. Estão na fronteira entre a sanidade e a loucura, sabendo equilibrar com maestria os pólos e as contradições da cidade grande.
Exemplo clássico: Fabiana Lopes

Boêmios categoria 3 - São boêmios poetas, que ficam bêbados com meio copo e vão embora da festa antes que ela acabe( na maioria das vezes) pela incapacidade de ser um boêmio 2 e pelo medo de se tornar um boêmio 1. Fazem promessas de amor que só duram uma noite. Estão divididos entre o mundo dos filósofos e escritores e os personagens que eles criaram, sendo eles, às vezes escritores, às vezes esses personagens. Querem sorver o mundo, mas não sabem calibrar esse ardor.
Exemplo clássico: Jorge Valente

Boêmios categoria 4 - São boêmios observadores, sádicos, que olham à distância os boêmios do tipo 1 e 2 se esborracharem no chão, rindo de tudo e mantendo uma certa distância dos personagens da noite. Às vezes, fumam cigarro de cravo tipo Gudang Garam. Jogam tênis de dia, bebem à noite e, assim, criam para si uma aura de mistério em torno de suas figuras altivas( para não dizer plutocratas). São pessoas de fina inteligência, mas de emoção aprisionada. Sonham ser Clark Gable em Casablanca. Uma figura enigmática acima do bem e do mal.
Exemplo clássico: Alfredo Feierabend

Boêmios categoria 5 (ou falsos boêmios) - Tem saudades dos tempos idos, mas não vão a balada por medo de uma recaída trôpega e definitiva.
Ficam embevecidos com a narração do que aconteceu na noite anterior e às vezes contam suas próprias experiências de décadas (ou séculos anteriores). São geralmente bons de conversa pela quantidade de histórias interessantes e didáticas. Mas é muito difícil ouvir essas histórias numa mesa de bar. São catedráticos no assunto, mas olham para ele como o caçador que enfrentou o urso desarmado, mas não vai desafiar a fera outra vez.
Exemplo clássico: Celso Zambel.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Enquanto isso

rego suas flores artificiais.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Só me faltava essa!

Furo do ano:
Folha de S. Paulo
"Xuxa diz que tem orgasmos múltiplos e vê duendes"


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É foda, neh?!

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Fodas multiplas..rs

quarta-feira, 25 de março de 2009

Vamos ajudar, vai!

http://www.desencalhawanderson.com.br/

terça-feira, 24 de março de 2009

segunda-feira, 16 de março de 2009

Pra isso sou jornalista!



Luana Piovani passeia pensativa pela orla do Leblon, no Rio
Ego - G1

A importância da notícia é extrema, não é?!

domingo, 15 de março de 2009

Há tempos não entendo muita coisa

Por que é tão difícil construir uma amizade de verdade?
Como pode ser tão fácil desmoroná-la?
O amor está acima de tudo? Ou é só uma cobertura de chocolate?
Tipo... Dá pra tomar só o sorvete...
Mas dá pra viver só da cobertura?
Quando mais precisamos de alguém, é quando mais precisamos ficar sozinhos?

Pedir atenção é defeito?

segunda-feira, 9 de março de 2009

Sintam orgulho!

7 horas na redação...
Muitos (167) copos de café...
Atrás de um café - com 6 gotinhas de adoçante - um cigarro no fumódromo
Após as 7 horas, muitos (201) copos de cerveja...
Atrás de cada copo de cerveja, um cigarro no balcão do boteco
Aí é cabelo "a la nicotina",
Dia seguinte, ressaca que vai além da ressaca moral ou da ressaca da cachaça mesmo,
Garganta raspando, voz de taquara...
Parei de fumar!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Sem fantasias nem máscaras


Nunca gostei muito de carnaval. Quando criança, pulava carnaval com a família no clube. De adolescente, pulava o carnaval. Nem via ele passar! Depois de jornalista então... Vejo o carnaval de dentro da empresa um ano sim, um ano não. Este ano consegui - muito de última hora - folgar nesses quatro dias de folia. Já havia desistido de ir pra farra com os amigos, numa casa com quase 30 pessoas, abadás com open bar e muita loucura. Ainda bem - diga-se de passagem!
Fui pra Juquehy - uma praia delicinha, sossegada - com o Dé, o irmão dele e a namorada, os primos dele e duas amigas (daquelas de sempre e pra sempre).
Foram quatro dias de sol, praia, cochilos a qualquer hora, dormindo tarde, acordando mais tarde ainda, passeios à ilha, churrasco (claro!), cerveja... E muita risada durante partidas de 'Suéca'.
Um feriado de reconciliação. De matança de saudades. De trilhas com o sol na cabeça e na sola dos pés (que areia mais quente!). De bordões, como "eu sou ruts!"!!! De renovação... E paz.
Só não consegui fugir do 'fervo' do carnaval em dois momentos... Nos passeios noturnos - quando todos os bêbados estavam espalhados pelas ruas vestidos com roupas do sexo oposto, acreditando piamente que estavam engraçados! - e nas tentativas de assistir televisão - que só tinha o carnaval pra transmitir, incansavelmente. Até o Oscar deixaram de lado.
É... Mas hoje já é quarta-feira de cinzas. O break acabou. Soou o sinal do fim de recreio.


Só sobraram picadas de pernilongos, bolhas, pele mais morena, cabelos ressecados... Marcas de bons momentos!



Toda rosa é rosa porque assim ela é chamada
Toda Bossa é nova e você não liga se é usada
Todo o carnaval tem seu fim
Todo o carnaval tem seu fim
E é o fim, e é o fim
Deixa eu brincar de ser feliz,
Deixa eu pintar o meu nariz



(Los Hermanos - a banda ruts!)


Futuro, guenta aí!

- A feira da Benedito Calixto...
- Aquele restaurante em Santa Teresa...
- Ah! O Rio de Janeiro...
- Quando eu acampava...
- Tô fazendo aquele curso...
- No mochilão...
Às vezes me sinto tão vazia... Parece que não conheço nada, que não vivi nada, que não vi passar e por isso nem experimentei um pedacinho.
Incrível como nunca temos tudo, né? Ou é tempo, ou é dinheiro, ou é a oportunidade. Nunca os três juntos...
Mas, no meu caso, acho que a culpa não é só da Lei de Murphy. Eu sempre quis que o tempo passasse rápido. Ansiedade constante.
Quando tinha 10 anos, queria ter 12 para poder ir às matinês. Com 12, não via a hora de chegar aos 15. Com 15, pensava nos 18. Com 18, nos 21.
E depois que todas as idades 'vantajosas' já passaram, percebi que sempre vivi correndo, apressando minha própria jornada.
Devia ter brincado mais de esconde-esconde, pega-pega, brincadeira do elástico. Devia ter paquerado mais. Viajado mais. Prestado mais atenção aos detalhes.
São tantas as 'primeiras vezes' que eu quero ter. Conhecer lugares, pessoas, me entregar à vida, experimentar sensações e sabores mesmo. Mais pores do sol, mais quilômetros rodados, mais belas lembranças...
Só tenho que me atentar a não pisar fundo no acelerador. E a não viver querendo que o presente passe logo. Abraçar o mundo com as pontas dos dedos e não de braços cruzados.
De agora em diante, vou devagarinho, a 30 por hora, pra poder apreciar a paisagem. E aos poucos me sentir menos vazia.
Futuro, por favor, espera um pouco aí, que é pra eu aproveitar o momento!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

...

"... o que antes era ímã, agora é criptonita."

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Na hora certa

Não fiz nenhuma promessa para 2009, então as farei agora. Tarde... Mas, definitivamente, na hora certa.

Prometo:

- usar de pensamentos positivos mesmo quando isso parecer impossível
- pagar tudo - desde um remédio para dor de cabeça - à pessoa que me "deu"
- não implorar/suplicar e nem pedir - mesmo que superficialmente - o carinho e a atenção de alguém
- aprender a ser auto-suficiente - tenho certeza que os tombos estão me ensinando isso direitinho. Nada como um hematoma
- passar mais tempo sozinha
- não depender
- não sofrer por estas promessas que fiz
- não sofrer
- parar de chorar - porque adultos não choram em público
- trabalhar mais... e focar nisso
- não privar ninguém de nada por minha causa
- não investir no que tenho investido - no mundo de valores invertidos e de crise econômica, melhor investir no que convém

Tarde demais

Ouvi dizer - algum psicólogo, não lembro qual - que a personalidade de uma pessoa é formada até seus sete anos de idade. Já tenho quase 20 anos a mais da idade limite para essa formação. Portanto, tarde demais para qualquer mudança, né? Entrar na minha personalidade e modificá-la não vai rolar. Já estou moldada, formada, já fui educada. Infelizmente, caros, é impossível derreter uma pessoa e colocá-la em nosso molde, dentro daquela forma que tanto gostamos. Nunca acredite que alguém vai mudar por você. A gente muda por nós. E é por mim que eu vou mudar. Por ter cansado de me lamentar por uma infelicidade que tende a reaparecer ora sim ora não, toda hora, todos os anos, sempre. A culpa é minha. A culpa é da minha entrega - idiota e boba. A culpa é da minha carência - minha pior inimiga. A culpa é do meu pingo gigante de romantismo que às vezes cai na cabeça de quem não está preparado e/ou disposto a se molhar. Sou chuva sem controle. E preciso aprender a não ventar... E a emprestar um belo guarda-chuva para quem precisa se defender da minha idiotice e da minha necessidade de carinho.

Citação que vale a pena

"Fazia tempo que não acordava com vontade de chorar.Tenho vivido alegrias tão intensas e ontem mesmo refleti sobre o medo de tanta felicidade. Não fui correspondida, mas queria desabafar minha angustia. Porque tanta cor um dia desbota. E hoje acordei preta, pretinha. Com ausência de cor.Acordei triste. E depois de tudo, parece que ela vem mais forte. Uma onda negra de dor inundou meus órgãos internos e tudo que sinto é triste...E eu nem sei bem o porque."
(blog As Cores de Lica)
Lica, nega... acho que hoje só você me entenderia...

Escombros

Algumas coisas ditas não são nunca esquecidas, né?
Lembro uma vez que eu perguntei à minha mãe porque ela brigava tanto com o meu pai (aparentemente, ela não tinha motivos pra isso).
Ela me respondeu, em forma de desabafo, que quando eu era um bebê, meu pai ameaçou deixá-la. Isso a magoou tanto, que depois de 20 e tantos anos de casamento, ela ainda estava magoada. E aquilo sempre vinha à tona.
Sei que andei falando demais, coisas demais, ataques demais. E que algumas coisas que costumo falar já criaram até traumas. Farpas que se alocaram.
Mas hoje ouvi frases inesquecíveis também, que me mataram um pouquinho por dentro e fizeram meu mundo ir se despedaçando aos poucos, durante todo o dia, sobre a minha cabeça. Agora me sinto sufocada embaixo de todo o entulho, com uma mão só pra fora, pedindo socorro.
E aqui, no escuro, sozinha, penso se será possível isso me machucar pelos próximos 20 e tantos anos... E, infelizmente, não chego à nenhuma conclusão.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Post-it



"... Sempre pensando no futuro e fazendo planos. Não planos exatos em planilhas ou com lembretes de post-it (como faz – admiravelmente – o Dé), mas sempre planos."
Do post 'E eis que começo como?'

Agora fiquei preocupada. Me olhei no espelho até!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Digamos que agora eu sinta sono mais cedo!


Acordo com o despertador do Dé. Ele não levanta. Depois de meia hora, acordo com um susto, o coração na mão, avisando ele que deve estar atrasado. Ele toma um banho e vai pro computador. Eu fico na cama. Acordo com um susto de novo, achando que ele foi embora e não se despediu de mim. Todos os dias isso acontece! Grito pra ver se ele está em casa. Ele responde. Durmo mais um pouco. Acordo com o beijo dele de "Tenha um bom dia". Aí levanto. Tomo meu banho. Brinco com o Artie, que fica me olhando com carinha de pidão. Lavo a louça do jantar da noite anterior. Penduro as roupas que deixei lavando também na noite anterior. Abro a sacada pro Artie ver o sol! Arrumo a cama, guardo roupas e sapatos que estão fora do lugar. Me troco, arrumo o cabelo. Almoço cedo, tipo umas 11 hs - agora to almoçando em casa por causa da dieta do bolso! Saio de casa. Ando uns bons metros... Na subida! Espero o primeiro ônibus por uns 15 minutos. Recebo umas cantadas chulas de uns velhos nada a ver no ponto. Subo no ônibus, desço em poucos minutos. Nesse ponto, em frente à um boteco, ouço mais gracinhas de bebuns e velhos babões, como: "Qual o segredo para ser tão bonita?" ou "Casa comigo por 30.000 por mês?" - tipo me chamando de prostituta, né?! Eu finjo que não ouço, subo a blusinha pra diminuir o pouco decote, seguro a saia pro vento não me pegar desprevenida, faço cara feia. Entro em outro ônibus, onde leio meu livro. Chego na estação da Barra Funda, a atravesso. Os homens são mesmo sem noção! Oh raça! Seguro a bolsa com força. Aperto o passo. Ando até a TV. Entro no trabalho. Aí é produção, telefonemas, leitura e escrita de e-mails que não acabam. Reuniões. Novidades. Fumódromo pra passar o tempo. Risadas graças ao Nelson Alemão! Às 20hs o Dé me pega. Chego em casa. Esquento ou faço o jantar. A gente come. Coloco mais roupa pra lavar. A gente assiste Friends ou algum filme. Brincamos com o Artie. Vamos dormir.
Meus dias andam corridos, mas felizes como nunca... e repletos de paz...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Defendendo Eric Roth

Tá bom. O Curioso Caso de Benjamim Button tem muita similaridade com Forest Gump. E daí? Que mal tem usar uma receita que deu certo? Dizem que não se deve mexer em time que está ganhando...
O filme é demais! Os diálogos são impressionates, de tirar o fôlego. Passei o filme inteiro prestando uma mega atenção nas falas, pasma...
E as pequenas estórias? A estória do relógio que anda do lado errado, voltando as horas para que os que morreram na guerra possam voltar para casa; o senhorzinho que foi atingido por raio sete vezes, que dá um tom de humor ao filme e, no final, emociona; a rápida narrativa, com edição espetacular, dos minutos que antecederam o atropelamento de Daisy - mostra o poder do tempo e do destino.
O filme se passa em tempo e local de grande descriminação racial? Sim. Mas não acredito que seria adequado mostrar o preconceito das pessoas ao verem o Benjamin (Brad Pitt) com uma mãe negra, já que o espanto seria de um senhorzinho ter a estatura de uma criança, não acham? E outra: o bairro americano onde esses personagens moram é um bairro de negros.
Ok. O roteiro não foi totalmente fiel ao conto de F. Scott Fitzgerald. Não vejo problema algum nisso. No conto, Benjamin Button nasce com aparência de velho e mentalidade também de um velho. Como seria possível mostrar isso em um filme? Imaginem a cena de um bebê enrugado fumando charuto no berço! É realidade para apenas um pequeno conto mesmo. Além disso, um conto de dez páginas, para ser transformado em um roteiro de um filme de quase três horas, precisa ser muito modificado mesmo, concorda?
Ok. O filme foi feito para o Oscar. E que mal tem em se fazer um filme com a intenção de chegar o mais próximo possível da perfeição? Porque é isso que o Oscar busca... A excelência.
Os efeitos visuais, a maquiagem digital são demais. Há bem pouco tempo, um filme desse teria ficado muito tosco. Não acho justo dizer que quando o Brad Pitt reaparece mulecóte (!!) a cara dele parece de porcelana e por isso a cena é na contra-luz. Se há tamanha competência para envelhecer o ator, por que não haveria para rejuvenesce-lo?
Aqui fica a crítica às críticas!

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

É alma inquieta...

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Só uma mulher sabe...

... que certeza quer dizer quase certeza
... que só um minutinho quer dizer deita e espera
... que ver as amigas é terapia
... fingir naturalidade em consultas e exames ginecológicos
... ser mãe solteira ou mãe do marido
... lavar a calcinha no chuveiro
... suportar a dor de uma depilação completa
... suportar a dor
... dizer não, para ele ter que insistir
... não contar o porque de estar brava, mas ficar com cara feira por horas
... que chocolate não engorda na TPM
... comprar presentes bons
... andar de saltos altos na calçada esburacada e no estacionamento de pedrinhas
... desfiar a meia calça logo na entrada da festa
... sorrir em meio a uma terrível cólica
... segurar o choro por estar maquiada
... que balanças de farmácia estão sempre erradas
... que três quilos a mais é demais
... por que uma ligação entre duas mulheres nunca dura pouco
... a importância de um bom condicionador
... o poder de uma minissaia
... entender outra mulher
À pedido de um grande amigo, dou início à Cartilha!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Adorei essa frase!

"Tem nós e lacinhos nessa vida que não atam nem desatam..."

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Do piléque ao auto-conhecimento

Enlouqueci. Pirei na batatinha grandão. Meu emocional ainda está abalado? Não consigo acreditar em algumas coisas que ainda voltam à minha mente e saem pela minha boca. Sexta-feira foi só beber. Não, não foi. Foi o álcool batido com a saudade que estava de me sentir em casa, a falta de limites pra tudo e gelo. Deu no que deu. Na sexta, chororô por horas, vontade de sumir, broncas de seguranças, atenção e colo dos amigos - tadinhos! No final de semana, dor de cabeça e peso na consciência. Hoje, arrependimento. Mas o que é se sentir em casa pra mim? Me perdi no significado disso. Não sei reponder, e pior, não sei sentir. O que faço pra tirar de mim a dor de tudo o que já passou? Como tiro da mente e do coração o passado dolorido e a auto-piedade que insite em aparecer nessas horas? E o celular, hein? Que arma! Liguei tanto, me lamentei tanto... Fiz declarações de amizade, de amor... E por que tudo isso? Eu tinha motivos? Não. Ou tinha. Tinha, mas são motivos que não deveriam mais estar presentes. E que culpa têm as outras pessoas? Fui cruel, rude, chata... Insuportável. Tô com vergonha. De todos e de mim mesma. Como me enganei... Como achei por instantes que estava seguindo em frente e que tudo estava bem? Me achei forte... Agora percebo que minha força dura o espaço entre um suspiro e outro. Entre um arrepio e outro. Entre um piléque e outro. Entre o controle e a entrega emocional. Mas não tem problema não. Nunca caí, não vai ser agora. Foi apenas um mal estado de espírito. Passou. Prometo ser mais grata ao que tenho e esquecer o que não tenho, o que perdi, o que já se foi. Não sou uma má pessoa, uma má namorada, má amiga. E nem quero me transformar numa má companhia. Fugindo das linhas poéticas e das meias palavras:
Dé, te amo, meu amor... Me desculpe. Sou criança traumatizada.
Amigos (vocês sabem à quem me refiro)... Obrigada de novo.
Mãe... você é meu cantinho.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Leiê leiê... le le le le leiê

Hoje almocei numa cantina italiana próximo ao tabalho e tinha uma garçonete muito parecida comigo... de fisionomia mesmo! É difícil eu concordar que pareço com alguém, mas essa parecia. E então passei o almoço pensando na quantia de coisas q já fiz nesses vinte e poucos anos. A relação com a garçonete? Ah, claro... É pq lembrei que já servi em buffets de casamento com minha amiga Dani Campos.
Além disso, já fui uma espécie de cheerleader do Ginásio Poliesportivo de São Bernardo. Época incrível! Novinha de tudo, sem contas pra pagar... Por falar em pagar, pagando de gatinha com a Dani Castro... De lá pra cá com jogadores famosos e de corpos esculturais.
Depois 'encasquetei' (adoro o verbo encasquetar!) que queria dar aulas de inglês - porque tinha feito um intensivão de meio de ano mara na Masterpiece e estava tinindo! - e fui à busca do emprego. Eu devia ter uns 15 anos só.
Quem procura... Acha, né?! Ganhava o salário mínimo da época - que era o absurdo de R$180,00 - dava aulas de inglês para crianças de 4 a 8 anos (acredita?) de terças e quintas e nos outros dias era auxiliar de sala. Época boa também. Me descobri ótima com crianças e média como artista... Pintei desenhos infantis em todas as paredes da escola!
Depois fui me aprofundando em ser teacher mesmo. E assim paguei muitas das contas - que com o tempo foram aparecendo e se intensificam até hoje.
De "Sonho Encantado" (adorava o nome da escola! Breguíssimo!) para Microcamp. Com 17 anos era teacher de adultos... Pouco respeitada no início - claro, com essa cara de Chiquitita que Deus me deu ao me tirar da fila do ar de seriedade - mas aos poucos cheguei até o podium de melhor professora do mês... Três vezes seguidas! Uhulll! Ganhava presentes, surpresas de aniversário... Lecionava em turmas de 18 a 24 pessoas. Muita bagunça era aquele método holístico! E por quantas vezes assisti treinamentos da Nair Fobe - que, não poderia me esquecer - era professora da Sandy (É. 'Do Sandy & Jr'!!!!) na PUC!
De lá, fui pra Link School, pertinho de casa. Este emprego não durou muito porque um professor canadense me assediou. Sério!
Depois entrei na Line. Lá tive alunos ótimos, que inclusive continuaram como meus alunos particulares depois que pedi demissão porque o dono era caloteiro!
Depois de um belo tempo sendo private teacher, passei a tradutora de um site de vendas de terras rurais. Bom também! Comissão de uns por cento lá em cada venda e tudo! Mas veja só... Nunca consegui vender nada! Ganhava pouco, mas foi lá que tive a melhor chefe da minha vida.
Depois Yázigi, depois Record. Na verdade, intercalava nessa época a faculdade de jornalismo com o estágio de rádio-escuta na Record e as aulas na Yázigi. Mas, antes da faculdade de jornalismo, fiz outras coisinhas...
Meu pai teimava em me avisar que jornalista ganha pouco e não tem mercado. Era verdade! Ouvi ele por um instante e prestei vestibular para Comércio Exterior. Passei em segundo lugar geral da Universidade, acreditam? Meu tio/padrinho até fez uma faixa em minha homenagem! Mas os méritos pararam por aí. Não adianta... Sou muito loira para cálculos! Não consegui. Depois de um ano, tranquei o curso.
E comecei o de comissária de bordo! Alguém pode me explicar da onde eu tirei essa idéia? Claro que não segui. Nada a ver comigo. Já vivo demais nas nuvens!
Sem mais loucuras na caixola, entrei em jornalismo.
Ah! E entre uma coisa e outra, também fui caixa da loja Esportiva no shopping Metrópole num final de ano. Pensa numa coisa que eu nunca mais farei! Definitivamente, é isso! Era vendedor de cá , de lá, de baixo, de cima, surgindo por todos os cantos da loja com frases ditas todas ao mesmo tempo e simples assim: "Vai, Fá.. cartão em três vezes, valor de R$219,90", "Fáááá... Cheque em dez, R$554,99!". Pelamorrrr! Quase pirei. E pra piorar, acreditem, eu trabalhei nessa loja bem no ano em que um infeliz fez o favor de inventar o shopping aberto 24 horas perto do Natal.
Também entre um breguenáitis e outro, fui assessora de imprensa, onde tive a pior chefe da minha vida... Terminei minha jornada naquela empresa com a frase: "Enfia esse crachá, essa chave e a maldita pró-atividade no meio do seu píííí"!
Assessorei também por um tempo o cantor Russo. Se perguntaram 'quem?'?? Pois é.. Não fiz um trabalho tão bom assim. Mas ele chegou ao sofá do Jô!
Também fui redatora de uma newsletter eletrônica (que ninguém lia) e de um encarte da Igreja Metodista.
Hoje sou pauteira (tudo bem... Esse nome assusta! Explico: Não tem nada a ver com pau e sim com pauta, ok?!) do Câmera Record. Mas não páro por aqui.
E por falar nisso, vou voltar ao trabalho agora porque eu já enrolei demais!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Mais uma pérola!


- Você viu que o Ted Kennedy desmaiou no almoço?
- Desmaiou porque ficou muito tempo sem comer?
- Não... Porque ele tem um tumor no cérebro.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Para! Jiboia não tem pelo... e nem acento mais!

Com 2009 veio a Reforma Ortográfica. O objetivo é aproximar as culturas dos oito países que usam a língua portuguesa.
Então... Lingüiça agora é linguiça. Tranqüilo agora é tranquilo. Legal... Ninguém nunca usou trema mesmo!
Auto-retrato agora é autorretrato. Isso é estraínho!
Vocês não lêem mais. Agora vocês leem. E pegam o voo. E não o vôo. Estranháço!
Pra se ter uma idéia, idéia não tem mais acento! Como assiiiimmm???
Uma coisa boa é a regra da grafia dupla. Não precisamos mais nos preocupar com Roraima. Porque pode ser Roráima, Rorâima... Tudo vale! Virou Brasil, né?!
Só uma pequena constatação: eu simplesmente não sei mais escrever na minha língua!
O Washington Silva, o Wesley e a Wanusa que devem estar contentes... o W agora faz parte do alfabeto! Aeeeeeeeee! Assim como o Y e o K.
Já que a Xuxa insiste em não se aposentar, é este o momento de atualizar o Abecedário, hein!
Segue a minha sugestão:

A de Amor
B de Baixinho
C de Coração
D de Docinho
E de Escola
F de Feijão
G de Gente
H de Humano
I de Igualdade
J Juventude
K de Klélia
L Liberdade
M Molecagem
N Natureza
O Obrigado
P Proteção!
Q de Quero-Quero
R de Riacho
S de Saudade
T de Terra
U de Universo
V de Vitória!
W de www. youtube.com
X o que que é?É Xuxa!
Y de yellow
Z é zum zum zum zum zum
Vamos Cantar
Vamos Brincar
Alegria pra valer!
O abecedário da Xuxa
Vamos Aprender!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Haja!

Você já se perguntou quem inventou a burocracia? Vou contar... Não espalha... FOI O REI DOS FILADAMÃES! Aquele mor! Um ser muito capacitado para fazer das pessoas um bando de infelizes condenados a assinar papéis e resolver coisas insuportavelmente chatas para o resto da vida! Ontem parei para pensar no que preciso 'dar um jeito' em 2009. Cheguei à lista:
- fechar conta do Bradesco... De São Caetano do Suuuuullll! Agora moro a tipo 40 quilômetros dessa agência! E essa conta precisa ser fechada urgente, porque eu a abri quando fui contratada por uma assessoria de imprensa de lá... Há quatro anoooosssss! Imagina o quanto de taxas esses filadamães tipo B já me cobraram, né?!
- levar diploma na Delegacia Regional do Trabalho. O problema é que ela não é regional pra mim, que não conheço região nenhuma de São Paulo direito. Ah! E só tem gente educada lá no atendimento. E quase nem demora também pra ser atendido (sim, estou ironizando).
E o pior de todos, o mais sem sentido:
- mudar meu endereço no Detran. Sabe pra quê? Pra eu receber as multas que tomar na minha casa novaaaaaaa! E sabe como faço isso? Fácil: junto um zilhão de documentos e levo na Central de Licenciamento (onde????). E dentre estes 'one zillion documents' está o famoso comprovante de residência - conta de água, luz ou telefone - de no máximo três meses. Agora a dificuldade: eu moro de aluguel, ou seja, a maioria das contas estão em nome do proprietário do apartamentoooooooooo! As que não estão, estão no nome do meu namorado, que mora comigo. Legalllllll, hein! Qual seria mesmo o meu objetivo ao mentir meu endereço para o Detran? Fazer outra Fabíola receber minhas multas?
Adivinha? Me estressei. Xinguei, falei palavrão, briguei com o meu namorado e fui dormir pra esquecer que sou gente grande. Se eu resolver um dos ítens dessa lista ainda esse ano, é muito!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Últimas pérolas da redação

"Eu não gostaria de acordar ao lado da cobra"
(Personagem do programa 'Animais Heróis')

"Agora é só esperar alguém morrer..."
(Marinheiro ao telefone)

- É Mateus! M-A-T-E-U-S!
- Não! Mateus... Da Bíblia!
- Não... Deus não! Mateus!
(Munin ao telefone)

Frankenstein


Hoje iniciei um e-mail assim:

"Eu trabalho na produção de reportagens da editoria de viagens do programa Câmera Record. O Câmera Record é um jornal documentário semanal temático com uma hora de duração, e vai ao ar às sextas-feiras no horário nobre (23:15 - horário de Brasília). Em 2008 foi o programa jornalístico de maior audiência da TV Record, tendo alcançado a liderança por diversas vezes e batido recordes. Além disso, é um programa transmitido na TV Record (canal 7), na Record News e na Record Internacional, sendo assistido em 125 países.

Para 2009, temos muitos projetos de viagens. E nosso diferencial nessa editoria é a humanização da matéria. À nós não vale apenas mostrarmos belezas naturais de fauna e flora da região, gostamos de mostrar também o povo brasileiro... inusitado, engraçado, com histórias pra contar. Dessa forma, mostramos com fidelidade o nosso país. E por isso, alcançamos cada dia mais e mais telespectadores."

Meu Deeeeeeeuuuussss!!! Meu editor-chefe criou um monstro!


Feliz 2009! Feliz IPVA e IPTU!
Grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Sim à breguice


Ficção: amor pra vida toda.
Vida real: se durar dez anos, parabéns! Bateu o recorde mundial!

Ficção: romantismo, flores, boas surpresas.
Vida real: contas, pés no sofá, falta de tempo e de atenção.

Ficção: carinho.
Vida real: indiferença.

Ficção: necessidade.
Vida real: auto-suficiência.

Ficção: “te daria a minha vida”.
Vida real: egoísmo.

O amor já foi libertário. Já foi filosófico. Já foi amor. Há tempos e até hoje, deixou de ser profundo. É superficial, bóia, é quase um objeto extinto... Pelo menos aquele de graça. Porque o consumível perdura. O tempo acelerou o amor. O dinheiro contabilizou o amor. Temos medo de nos perder no amor e não render no trabalho. Ai, como queria à antiga moda!

O amor é brega e andamos todos muito simplistas. Mas pra quê fugir dos roteiros das comédias românticas? Ainda quero um lugar como Nothing Hill, um amor como o da Bela e a Fera e um final feliz...

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Diga com quem trabalhas...

Eu e o Jorge escrevemos este texto há um tempo. Precisamos escrever um novo!

UM AVIÃO COM TODA A EQUIPE DO REPÓRTER RECORD / CÂMERA RECORD CAI NUMA ILHA DESERTA. TODOS SOBREVIVEM. IMEDIATAMENTE, APÓS AVALIAR RAPIDAMENTE OS ESTRAGOS, RAFAEL GOMIDE SENTENCIA: “NÃO FOI NADA, ESTÃO TODOS BEM, COMECEM A TRABALHAR”.

Rafa: Produção,consiga um polvo de 16 tentáculos.
Produção: Mas o polvo só tem oito tentáculos.
Rafa: Se vira, sei que com jeitinho vocês conseguem. Avisem a ele que nós somos praticamente líderes de audiência. É de interesse do polvo gravar com a gente.
Rafa: Mamá, vai atrás da água de coco...
Mamá: Puta que o pariu! Eu tenho 40 anos de profissão... Então você acha que eu tô aqui pra carregar coco?? Vão todos tomar no cu!!! É só no meu cuzão, caralho! Oh Fabíola, pega o coco logo caralho...
Rafa: Fabíola, consiga dez camarões, 20 lagostas, três baleias e 20 sardinhas, mande a Amanda assar tudo na fogueira que a Maria vai preparar com a ajuda do Julio... Rodrigo, vá atrás dos esconderijos secretos das tartarugas...
Rodrigo: "Esconderijos secretos das tartarugas"?? Ai, meu Deus! Quando eu vou usar a porra da microcâmera?
Alfredo (bocejando para Fabíola / após ter captado com sua antena parabólica a conversa de todos e visto que a estagiária iria buscar coco para a Mamá): Pitoca, traz uma água de coco pra mim....
Fabíola: Alfredito, aqui eu posso te mandar tomar no cu...
Alfredo: Você não me ajuda, Pitoca...
Amanda: Nem por dois caralhos eu vou pôr as minhas mãos na fogueira! Essa areia já está sujando a minha bunda!
Gerson (olhando para as produtoras): Acho que vamos ter que ficar na ilha umas três noites até o resgate chegar...
Paula: Vou me matar! Vou me jogar aos tubarões!!! Aqui não tem babá e não vai dar para eu saber o resultado da Dupla Sena....
Japinha do Créu (no celular): Não gata, nós estamos numa ilha, acredita em mim, eu te amo, logo logo estarei aí pra gente ir naquela balada...
Celso (tocando violão): Aposto que esse peixe vai ficar uma bosta...
Celso: (depois de finalizar o peixe na fogueira, dando duas viradas no bicho): Esse peixe está uma bosta! O culpado é o Jorge ou o Alfredo que não sabem nem assar um peixe direito... Além disso, o crepitar da fogueira está totalmente desafinado... Faz de novo! Caralhooooooooo.......

COM SEU AR BLAZÉ, FABIANA USA O CELULAR PARA CONSEGUIR UM HELICÓPTERO E SALVAR TODOS DA ILHA. NUM CANTO DA AREIA, MAMÁ ESTÁ BATENDO COM UMA FOLHA DE PALMEIRA NA CABEÇA DO RODRIGO, NÃO SE SABE POR QUE, QUE TENTA SE EXPLICAR POR TRÁS DE SEU ÓCULOS ESCUROS: "EU SOU O PELÉ! VC É SÓ O COUTINHO!". E, MAIS ADIANTE, GERSON DE SOUZA, CARENTE, SE DECLARA PRA FABIANA.

Gerson: Você já conhece a teoria do "pinto amigo"?
Fabiana: Já, Gerson...
Maria (irritada): Ai, Gerson... se toca, vai! Vc já tá velhinho para essas coisas, né!? Deixa a menina em paz! Você não vê que ela está tentando salvar a gente?
Fabiana: Ai, Marriii... e por falar em nos salvar, quando conseguirmos sair daqui, vamos marcar de ir à um restaurante árabe delicioso q eu conheci semana passada... é pequenininho, sabe? Aconchegante, uma graça!
Maria: Sério, menina? Vamos marcar sim... Lugar bonito com gente bonita!

EIS QUE SURGE O JORGE, DE SUNGUINHA DE CROCHÊ SEM FORRO, CORRENDO COMO UMA GAZELA PELA PRAIA GRITANDO: “TEM GOLFINHO! TEM GOLFINHO!”. COMO NINGUÉM DÁ BOLA, ELE VAI EM DIREÇÃO AO RAFAEL...

Jorge: Vinha eu pela praia, de sunga de crochê, correndo, passei por golfinhos, catei algumas conchinhas coloridinhas, tomei um bronze e estava pensando...
Paula roncando.
Jorge: Aí me veio à mente uma frase de Mário de Andrade que diz "Das praias adiante, que também dominam, aprisionam e mandam..."
Rafa: Edita, Jorge, pelo amor de Deus!
Paula precisa já de um desfibrilador.
Jorge: Bom.. o que eu queria dizer é q me preocupo com o seguinte: você pediu para a produção encontrar um polvo de 16 tentáculos, e pediu um outro trabalho pro Rodrigo e outro pra Fabíola... aí...
Rafa: Fala, Jorge! Eu tenho mais o que fazer nessa ilha do q ficar esperando você falar!
Jorge: Deixa pra lá... esqueci o que eu ia te falar...
Rafa: Redação... cadê o rádio? É nossa vitória!!! Vocês ouviram? Vou repetir... cadê o rádio?
Rafa (tentando acalmar a equipe): A Record é um dos melhores lugares para se trabalhar... alguém virá nos buscar! E outra, saindo daqui, vou pedir um aumento para todo mundo.

EMBAIXO DA SOMBRA DE UM COQUEIRO, AO LADO DE UMA ESTRELA DO MAR QUEBRADA, MICHAEL KELLER COMEÇA A ENSAIAR UMA PASSAGEM PARA UM POSSÍVEL "MAUS TRATOS CONTRA ANIMAIS 117".

Michael: "Estamos aqui em uma ilha deserta e olha o q eu encontrei... uma estrela do mar machucada! São os maus-tratos contra animais até aqui no fim do mundo... é muito triste, muito triste..."
Rodrigo (após verificar que algumas tartarugas estavam machucadas): Será que essa matéria rende prêmio? Vamos inscrever!
Rafa: Fabiana, será que não tem nenhum artista por aqui? Paula... vai pensando em algo dramático, algum flagrante, tragédia....

DE REPENTE, A EQUIPE AVISTA UM NAVIO BRANCO COM OS DIZERES "A CAMINHO DA LIDERANÇA", DENTRO DO NAVIO, UM HOMEM ALTO... ELE FINGE FALAR AO CELULAR E VAI EMBORA COM O NAVIO SEM RESGATAR NIGUÉM. TOCA O CELULAR DO JAPINHA. É O MARCELO, DO ADMINISTRATIVO, AVISANDO QUE O RESGATE NÃO FOI APROVADO, PQ O ORÇAMENTO ESTAVA MUITO CARO.

Rafael: Pessoal... pensem pelo lado positivo... vocês são os únicos jornalistas a ter know-how de jornalismo de ilha deserta!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Retrospectiva


Em 2008...


- ganhei o Artie
- briguei com uma das minhas melhores amigas e a amizade foi pro saco
- por causa dessa briga, fui expulsa do grupo de TCC
- entrei em outro grupo e escrevi em parceria um livro sobre a decadência do circo como opção de entretenimento (ainda preciso plantar uma árvore e ter um filho!)
- me formei com louvor!
- fui à algumas raves e tantas baladas e outros muitos bares e restaurantes
- assisti incontáveis filmes
- fui efetivada na Record como pauteira ou produtora de reportagens
- mudei pra Sampa com o Dé
- chorei muito. Sorri mais ainda
- frequentei mais noites de 'lulus'... E foi ótimo!
- demonstrei e provei meu amor à uma grande amiga, quando ela precisava de alguém
- troquei de carro (meu primeiro carro 0km)

Faltam 30 segundos... 3, 2, 1!

Meu chefe: - Fabí, faz pra mim uma lista do pessoal do Câmera Record com o que preferem para folgar – Natal ou Ano Novo.
Ok.
Na lista, eu e... Todos (!!!) queríamos folgar no Ano Novo.
Passei a lista. Recebi a escala. Da produção, três folgam no Natal e um no Ano Novo. Nada justo, né?! Caras de espanto fizeram a única felizarda da escala – minha chefe de produção e amiga – tomar uma providência. Eu e o Marinheiro tivemos então que ‘tirar no palitinho’. Como nunca ganhei nada – a não ser os patins da Gincana da Nota Fiscal, quando meu pai era advogado de uma rede de supermercados! – perdi. Folguei no Natal. E foi aí que minha saga começou. De plantão na virada... O que fazer?
Minha família mora na praia, tem uma pousada. Tentei fazer um bate-volta... Não deu. Como sabem, não lido bem com trânsito.
Então restaram a mim e ao Dé três opções: passar com os pais e padrinhos dele em Santo André, passar na nossa casa assistindo incansáveis capítulos de Friends, ou passar na Paulista.
Como estamos morando em São Paulo há pouco tempo, nosso carinho pela nova cidade que nos acolhe falou mais alto (aff!) e optamos pela terceira opção, também pela curiosidade. Nos arrumamos, agendamos um táxi, pegamos o champagne e fomos... Felizes da vida! Nosso segundo reveillon juntos.
Que organizado! Policiais fazendo revistas. Ruas bem sinalizadas, sem trânsito, boas interdições. Tivemos que virar a garrafa de champagne, de tanta organização! Ok... Pra gente, beber não é problema.
Entramos já alteradinhos, bebemos mais algumas cervejas, era show do KLB. Ai, meu Deus! Depois de um tempo aprendendo músicas do Kiko, do Leandro e do Bruno, me deu uma grande vontade de sair do meio do povo e sentar. Idéia que fugiu logo da minha lista de vontades no momento em que sentei numa muretinha digamos urinada!
Uma observação (na verdade, indignação): Como assim o Leandro do KLB namora a miss Brasil mais bonita ever? Fora ela, só tinha gente feia. Isso tudo bem, sem preconceitos. Ser feio é mara!
Começou então o show do Daniel – o ‘menino da porteira'. Descobri que conheço mais letras dele do que eu imaginava ou gostaria! O sucesso foi quando ele cantou ‘no xenhenhem da sanfona, no plimplimplim da viola...’.
Quase meia noite, pernas doendo, porque não dava pra sentar, um calor danado – calor humano, né?! – músicas de Daniel e começou a contagem regressiva. O animador do evento Luigi Baricelli (quem?) anunciou: ‘Faltam 30 segundos!’. E foi aí que entrou a contagem nos telões: ’3,2,1!’. Como assim? De 30 passou pra 3? Fiquei sem entender. Quando percebi que era o momento de abraçar meu namorado, fui esmagada pela multidão (lembram que não sei lidar muito bem com multidões também, né?!). Uns infelizes acenderam bombas caseiras no meio da galera. Começou o corre-corre, o empurra-empurra, os policiais com os cassetetes... E os fogos!
Depois que os policias levaram os bebuns muito loucos para longe, consegui finalmente beijar o Dé... Enquanto outros muitos casais estranhos faziam o mesmo.
O único show que queria assistir era o do Skank, que começou logo após os fogos. Mas não foi possível. Aquele lugar estava insuportável. Fomos pra casa beber Chandon e assistir Friends mesmo. Entre um capítulo e outro...
- Gostou, amor, da 'festa'?
- Nunca mais, né?!
- É.
95% das boas pessoas de São Paulo não estão em São Paulo no feriado de Ano Novo. Portanto, só sobra o lixão na Paulista. Fica a dica!

E eis que começo como?


Santoandreense de nascença. Batateira (de São Berrrrnarrrdo!) pela infância e adolescência. Atualmente paulista e paulistana. Jornalista, como já disse. Ex-professorinha de inglês. Por causa de SBC e do inglês, puxo o ‘R’ como ninguém! Preciso parar com isso urrrgente! Carente, como quase todos sabem. Alto astral, no matter what. Mesmo porque entrar em depressão é um luxo que nunca consegui me dar. Muitas vezes, não muito dentro da sanidade. E outras, não muito dentro de padrões. Também não próxima da alternatividade. Um passado distante muito feliz. Um outro não tão distante muito triste. Um próximo bem melhor. Fases, né!? Sempre pensando no futuro e fazendo planos. Não planos exatos em planilhas ou com lembretes de post-it (como faz – admiravelmente – o Dé), mas sempre planos. Com uma família bem reduzida, bem mesmo, mas linda... E unida... Como nunca e para sempre. Distante em quilômetros, mas bem pertinho. Com um amor pra vida toda (ou até quando permanecer). Também tenho o Artie. Amigos que vêm, outros que vão, alguns se perderam. Sofri. Outros se agregaram. Eeee! Os de sempre são os de sempre. Que bom! Fujo da solidão, nem que seja uma solidão momentânea, como um final de semana sem companhia porque todos estão viajando. Me amo, mas assumo não gostar de conviver só comigo. Não lido bem com a claridade, nem com o tédio. Era mimada. Agora batalhadora. Ah... também não lido bem com multidões... Ou trânsito. Menina que nunca vai deixar de ser menina... Na aparência e/ou no espírito. Nunca completamente satisfeita, sempre achando que está perdendo algo enquanto faz outra coisa. Idealista sofredora. Apesar de achar esses adjetivos sinônimos, baita pleonasmo. Adoro música, mas não tenho talento nenhum para a coisa e também nunca me lembro dos nomes das canções ou dos intérpretes. Não sou atleta e nunca nem passei perto disso. Coach potato assumida. Já fui ao show dos Back Street Boys! Ainda quero conhecer o Bon Jovi! Chorona, desastrada. Deslumbrada com educação. Não posso receber um agrado que já quero ser amiga! Carinho no cabelo então... Meu ponto fraco! Pessoas diretas também ganham minha admiração. Porém, meias palavras bem usadas são fascinantes. Sei bem o que não quero. Sei mais ou menos o que quero. Sou bastante contraditória, mas faço sentido. Me faltam limites. E às vezes comer menos! Parar de fumar e de beber? Improvável, por enquanto.

A criação


Sou jornalista. E tenho lido muitos blogs. Também andei aumentando meu número de páginas lidas de cada livro que acabo comprando por impulso. E tenho lido vários ao mesmo tempo. Porque eles são pra mim iguais a sapatos... sei lá!
Ando também trabalhando muito, eu diria que mais do que eu realmente gostaria – hoje é o primeiro dia do ano e estou pelos corredores da empresa desejando ‘feliz 2009’ para colegas de trabalho, muitos deles desconhecidos. Apesar de tanto trabalho, pouco escrevo.
Então: muitos blogs + muita leitura + plantão de ano novo sem muito o que fazer + pouca saciedade da escrita = criei um blog!
Não o criei antes pela idéia de comprometimento que todo novo passo tem. E assumo: não gosto muito de comprometimentos desnecessários – é algo muito alternativo pra mim! Portanto, só vou estar por aqui quando ‘der na telha’. Não farei como os compositores de pagode que, sem ter o dizer, abrem a boca para pelo menos um ‘laiá-laiá’ ou ‘leiê-leiê’!