segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Defendendo Eric Roth

Tá bom. O Curioso Caso de Benjamim Button tem muita similaridade com Forest Gump. E daí? Que mal tem usar uma receita que deu certo? Dizem que não se deve mexer em time que está ganhando...
O filme é demais! Os diálogos são impressionates, de tirar o fôlego. Passei o filme inteiro prestando uma mega atenção nas falas, pasma...
E as pequenas estórias? A estória do relógio que anda do lado errado, voltando as horas para que os que morreram na guerra possam voltar para casa; o senhorzinho que foi atingido por raio sete vezes, que dá um tom de humor ao filme e, no final, emociona; a rápida narrativa, com edição espetacular, dos minutos que antecederam o atropelamento de Daisy - mostra o poder do tempo e do destino.
O filme se passa em tempo e local de grande descriminação racial? Sim. Mas não acredito que seria adequado mostrar o preconceito das pessoas ao verem o Benjamin (Brad Pitt) com uma mãe negra, já que o espanto seria de um senhorzinho ter a estatura de uma criança, não acham? E outra: o bairro americano onde esses personagens moram é um bairro de negros.
Ok. O roteiro não foi totalmente fiel ao conto de F. Scott Fitzgerald. Não vejo problema algum nisso. No conto, Benjamin Button nasce com aparência de velho e mentalidade também de um velho. Como seria possível mostrar isso em um filme? Imaginem a cena de um bebê enrugado fumando charuto no berço! É realidade para apenas um pequeno conto mesmo. Além disso, um conto de dez páginas, para ser transformado em um roteiro de um filme de quase três horas, precisa ser muito modificado mesmo, concorda?
Ok. O filme foi feito para o Oscar. E que mal tem em se fazer um filme com a intenção de chegar o mais próximo possível da perfeição? Porque é isso que o Oscar busca... A excelência.
Os efeitos visuais, a maquiagem digital são demais. Há bem pouco tempo, um filme desse teria ficado muito tosco. Não acho justo dizer que quando o Brad Pitt reaparece mulecóte (!!) a cara dele parece de porcelana e por isso a cena é na contra-luz. Se há tamanha competência para envelhecer o ator, por que não haveria para rejuvenesce-lo?
Aqui fica a crítica às críticas!

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