quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Verso


Eu vejo poesia no lembrar do passado. E faço força para só lembrar os trechos que rimaram. Como o canto da cigarra anunciando sol para o dia seguinte e a luz dos vagalumes iluminando as asas coloridas e exuberantes das borboletas - todos presos por instantes em um salão de festas de vidro.
Eu vejo poesia em me dar conta do presente. E faço força para só me dar conta dos trechos que rimam. Como a calmaria de ganhar um beijo de boa noite todas as noites, mesmo que algumas nem tão boas sejam.
Eu vejo poesia na amizade. Nos pactos de sangue quando criança, nas promessas mantidas a ferro e fogo, nos perdões e confissões, nas diferenças e cumplicidades. Sem perceber, mantenho só as amizades que rimam. E encaixo uma ou outra, quando vale.
Eu vejo poesia no amor. Mesmo que as palavras não façam sentido e algumas linhas estejam apagadas.


2 comentários:

  1. Boa lembranças de infância...como é bom ter vc sempre menina, no aconchego de meu colo!

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  2. É...saudade dói!!!
    Hj me lembro das vezes q ouvi amigas dizerem q a melhor época era qdo os filhos eram crianças. Não quero, como nunca quis, filhos dependentes, e sempre aproveitei o máximo de cada fase, cada momento.
    Hj são lembranças...mas tenho saudade de estar ao lado.
    Por outro lado, me sinto sempre ao lado.
    Ser e/ou estar...mas a saudade permanece. Felicidade depende do termômetro onde percebo q estão e se sentem felizes...olha a responsabilidade!

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